Depois de Hassan Rouhani ter dito a Trump que « não brinque com a cauda do leão », o presidente norte-americano promete consequências graves se voltar a ser alvo de ameaça.
Donald Trump deixou esta segunda-feira uma ameaça ao presidente iraniano, horas depois de Hassan Rouhani ter dito que as políticas hostis dos EUA podiam levar à « mãe de todas as guerras ».
« Nunca mais ameacem os Estados Unidos ou vão sofrer consequências que poucos na História sofreram. Já não somos um país que acata as vossas lunáticas palavras de violência e morte. Cuidado! », escreveu Trump no Twitter.
https://twitter.com/realDonaldTrump/status/1021234525626609666
Num encontro com diplomatas iranianos no domingo, Hassan Rouhani advertiu Donald Trump que não « brinque com a cauda do leão, porque se o fizer vai arrepender-se ».
« Declaram a guerra e depois falam da vontade de apoiar o povo iraniano », disse Rohani dirigindo-se ao presidente dos Estados Unidos. « Não pode provocar o povo contra a segurança e os seus próprios interesses ».
Rohani voltou a avisar que o Irão poderá fechar o estreito estratégico de Ormuz, que controla o Golfo e por onde passa cerca de 30% do petróleo mundial que é transportado por via marítima.
« A paz com o Irão será a mãe das pazes e a guerra com o Irão representará a mãe das guerras ».
« Sempre que a Europa procurou um acordo connosco a Casa Branca semeou discórdia », disse Rhoani, acrescentando: « Não devemos pensar que a Casa Branca ficará para sempre neste nível de oposição ao direito internacional, contra o mundo muçulmano ».
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, reagiu a estas palavras dizendo que os líderes do Irão se assemelha mais a uma « máfia » do que a um governo e que Washington não tinha medo de impor sanções « ao mais alto nível » ao regime de Teerão.
Num discurso perante a diáspora iraniana na Califórnia, Pompeo confirmou que Washington quer que todos os países reduzam as suas importações de petróleo iraniano até « perto de zero », até 4 de novembro, caso contrário enfrentarão sanções dos Estados Unidos.
Alfa/TSF