Nuno Borges nos « oitavos » do Open da Austrália. “Que loucura! Ainda estou a digerir a vitória »

(Foto FB do tenista)

 

Open da Austrália: Borges viveu loucura que não esquece e promete lutar até ser possível

 

Nuno Borges, de 26 anos, contrariou o favoritismo de Grigor Dimitrov, 13.º da hierarquia, para superar pela primeira vez a terceira ronda de um ‘major’ – nunca tinha passado da segunda –, em 6-7 (3-7), 6-4, 6-2 e 7-6 (8-6), num embate que durou três horas e cinco minutos.

Na quarta ronda, Borges vai disputar uma vaga nos quartos de final diante do russo Daniil Medvedev, terceiro da hierarquia mundial e vencedor do Open dos Estados Unidos em 2021 e duas vezes finalista do ‘Happy Slam’, em 2021 e 2022.

 

Nuno Borges reconheceu hoje ter vivido uma “loucura” ao tornar-se no primeiro tenista português nos oitavos de final do Open da Austrália, após um inesquecível embate com Grigor Dimitrov, prometendo lutar até ser possível.

“Que loucura! Ainda estou a digerir a vitória. Estou mesmo muito contente, fiz uma grande exibição. Para ser sincero, não estava pronto para ganhar, mas foi com a mentalidade de lutar set a set e comecei a acreditar que podia ganhar, depois foi uma loucura de ‘tie-break’, sem dúvida em que estava muito nervoso – não me lembro de alguma vez estar tão nervoso, nem de jogar à frente de tanta gente”, afirmou o tenista natural da Maia, 69.º do ranking, em declarações aos jornalistas portugueses.

“Estava um ambiente inacreditável, vai ser um dia que nunca vou esquecer. Acho que ainda não me apercebi muito bem do que está a acontecer. Acho que ainda estou na terceira ronda e estou ainda a acreditar no que aconteceu”, admitiu.

O maiato tornou-se no segundo português a chegar aos oitavos de final de um torneio do Grand Slam, depois João Sousa ter estado entre os 16 melhores no Open dos Estados Unidos, em 2018, e em Wimbledon, em 2019.

“Está a ser um grande torneio, estou mesmo muito contente, com muitas coisas a acontecerem ao mesmo tempo”, reconheceu Borges.

“Vou aproveitar para descansar um bocadinho e, amanhã [no domingo], pensar no meu próximo jogo e no meu adversário. De qualquer das maneiras, já sei que tenho um grande desafio pela frente e vou procurar desfrutar ainda mais – foi com essa mentalidade que entrei neste jogo – e vou tentar manter as mesmas rotinas e a mesma maneira de pensar”, explicou.

Apesar da distância, Borges agradeceu o “apoio dos portugueses”, recordando ter visto “muitos portugueses nas bancadas”, para prometer lutar até ao conseguir.

“Tem sido a melhor semana da carreira e vou continuar, continuar a dar o litro e ver até onde é que isto dá”, concluiu.

Com Lusa (adaptação Alfa)

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