O Fim Dos Daft Punk

Os Daft Punk separaram-se. A dupla parisiense divulgou a notícia com um vídeo de oito minutos intitulado “Epilogue”, extraído do seu filme “Electroma”, de 2006. Ainda não foi divulgada qualquer razão para a separação.

 

Com artesonora.pt/

 

O luso-francês Guy-Manuel de Homem-Christo e o francês de ascendência judaica Thomas Bangalter fundaram os Daft Punk em Paris, em 1993, depois de, no início das suas carreiras, terem integrado a banda Darlin’, um projecto influenciado pela sonoridade dos Beach Boys e dos Rolling Stones.

Quando criaram os Daft Punk, Thomas e Guy-Manuel provavelmente não sabiam que iriam ajudar a definir o estilo francês da house music em particular e a música electrónica em geral. O álbum de estreia, “Homework”, de 1997, foi um marco na música de dança, com singles clássicos como “Around The World” e “Da Funk” a invadirem o éter um pouco por todo o planeta, a recolherem as melhores críticas e um número massivo de fãs à escala global.

Com o lançamento do seu sucessor, “Discovery”, em 2001, a dupla francesa passou a apresentar-se como robôs, uma imagem que viria a definir a sua identidade visual. Os singles “One More Time” e “Harder, Better, Faster, Stronger” cimentaram-nos como super-estrelas globais – um estatuto que continuaram a expandir nos anos seguintes com a edição de discos notáveis, incluindo o terceiro álbum “Human After All”, o LP ao vivo “Alive 2007” e a banda sonora “Tron: Legacy” (2012).

Até que um dia chegou “Get Lucky”, o single do álbum de 2014 “Random Access Memory”, que vendeu milhões de cópias em todo o mundo e foi premiado com dois Grammys para a dupla e os convidados Nile Rodgers e Pharrell Williams. O álbum, último até à data e carregado de colaborações de luxo, foi um marco, quer em termos musicais, quer em termos de sucesso comercial. “Random Access Memory” rendeu mais três Grammys aos Daft Punk, incluindo o título de Álbum do Ano.

Em 2016, colaboraram com The Weeknd no single de 2016 “Starboy”.

Mas a influência dos Daft Punk na cultura pop contemporânea foi muito além da sua própria música. A identidade visual, a mística interestelar e o seu ethos de música festiva inspiraram gerações de artistas de todos os géneros.

A (triste) notícia da separação dos Daft Punk foi confirmada pela assessora de comunicação da banda Kathryn Frazier à Pitchfork, que não divulgou no entanto os motivos do final da carreira de um dos mais importantes nomes da música internacional das últimas décadas.

Carrega no play para veres o vídeo da despedida, 28 anos depois.

 

 

Com artesonora.pt

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