Programa Regressar: o regresso dos emigrantes. “Tínhamos uma grande vontade de não nos sentirmos estrangeiros” – um trabalho no jornal Público de hoje
Nos primeiros dois anos, o Programa Regressar apoiou 2234 candidatos, envolvendo um total de 4874 pessoas, o que corresponde a uma parte diminuta do movimento de retorno, informa o diário numa reportagem na sua edição de hoje.
« Quando a pandemia de covid-19 chegou, Manuel Santos, na qualidade de subdirector de um luxuoso resort de Whistler, uma das maiores estações de ski do Canadá, teve de preparar uma ronda de despedimentos. Volvido um par de meses, pediram-lhe que voltasse a fazê-lo e ele fê-lo sem imaginar que seria incluído na lista. A mulher, Kim van Craeynest, já perdera o emprego, na área de marketing e vendas. E se se mudassem para Portugal? », escreve o Público no arranque da reportagem.
O jornal indica que desde o princípio de julho de 2019 até ao final de junho de 2021, o Programa Regressar recebeu 3342 candidaturas.
« São mais de cem candidaturas por mês », diz, com satisfação, Berta Nunes, Secretária de Estado das Comunidades, citada pelo jornal.
Este Programa Regressar, que apoia o regresso dos portugueses e lusodescendentes a Portugal com benefícios fiscais e outros apoios financeiros, foi alargado até 2023.
O Público indica que, nas candidaturas ao Programa Regressar se destacam 10 grandes países de destino da emigração portuguesa: Reino Unido (644), França (584), Suíça (534), Brasil (206), Angola (176), Venezuela (174), Alemanha (153), Espanha (137), Luxemburgo (108) e Bélgica (86).
Um dos entrevistados na reportagem diz que, além dos apoios do Programa, o principal fator que os levou a tomar a decisão de regressar foi: « Tínhamos uma grande vontade de não nos sentirmos estrangeiros”.