OE2025: Montenegro diz acreditar na “palavra de honra” do PS de não desvirtuar a proposta
O primeiro-ministro admitiu hoje que o debate do Orçamento do Estado na especialidade decorra “com vivacidade” política, mas afirmou acreditar na “palavra de honra” do PS de que viabilizará a proposta do Governo sem a desvirtuar.
Este aviso foi transmitido por Luís Montenegro ao PS quando respondia a questões do presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Hugo Soares, na abertura do primeiro de dois dias de debate na generalidade da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2025, no parlamento.
Hugo Soares tinha perguntado ao líder do executivo se poderia ou não ter ido mais longe na sua política orçamental, caso a proposta do Governo pudesse passar no parlamento sem as condições impostas pelo PS para a viabilizar através da abstenção.
“É verdade que nós tínhamos outra ambição, mas este é o nosso orçamento e não viemos ao parlamento para nos queixarmos. Viemos ao parlamento para dizer com humildade que, não tendo uma maioria assegurada nas bancadas que suportam e apoiam diretamente o Governo, é necessário fazer um esforço [de consenso] – e fomos ao limite do esforço”, respondeu.
Ou seja, segundo Luís Montenegro, o Governo fez “tudo o que era essencial para que o maior partido da oposição pudesse viabilizar o Orçamento”.
“E o maior partido da oposição decidiu viabilizá-lo. Naturalmente, confiamos na palavra dada ao país por parte do maior partido da oposição e sabemos que nessa palavra está a concretização deste Orçamento, não de mais nenhum, mas sim a concretização deste Orçamento”, acentuou.
O primeiro-ministro ressalvou depois que não pretende com esta posição condicionar o debate futuro na especialidade, impedindo-o de ter “a vivacidade democrática de que é suposto”
“Mas não a ponto de desvirtuar aquilo que é a essência deste Orçamento, em relação ao qual há uma palavra, que é uma palavra naturalmente de honra política, do principal partido da oposição. Acredito na palavra do PS e, portanto, acredito que este orçamento, não correspondendo à ideia inicial, ainda assim é o que serve melhor o interesse dos portugueses”, assinalou.
Alfa/ com Lusa