Os Jogos Olímpicos Paris2024 são uma “oportunidade única” para Portugal se poder projetar a nível internacional, objetivo que José Manuel Constantino deseja potenciar na Casa de Portugal durante o evento na capital francesa.
“Queremos um espaço de apresentação de um Portugal moderno, competitivo, que se quer afirmar no espaço europeu. Aberto ao interesse dos diferentes países relativamente às suas potencialidades. Os Jogos Olímpicos são uma montra desportiva de caráter global único no mundo, pelo que à vertente desportiva queremos juntar também uma diplomática, cultural, política e económica”, resumiu o dirigente, em declarações à Lusa.
O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) está em Paris, juntamente com o secretário-geral, José Manuel Araújo, e o diretor comercial e de marketing, Pedro Sequeira Ribeiro, com a missão de estudar as várias possibilidades para albergar a Casa de Portugal, mantendo, para isso, reuniões com a embaixada e consulado, bem como com a comunidade empresarial nacional em terras gaulesas.
“Tem de ser um sítio que tenha características para que as marcas expositoras possam receber potenciais clientes e possam fazer ações promoção do que é o produto Portugal. E um espaço que também permita alguma presença de atletas, algum contacto com a comunicação social. Deve ter uma área de serviço comum que permita algum convívio entre quem esteja a participar e quem venha ver os Jogos”, especificou.
José Manuel Constantino assume a esperada “relação de grande proximidade” da comunidade portuguesa com a sua representação desportiva nacional nos Jogos Olímpicos, pelo que entende que “todos os detalhes” da preparação, nos mais diversos níveis, devem ser “cuidados”.
O presidente do COP está empenhado em “encontrar uma solução à altura desta responsabilidade” e confia que a comunidade empresarial partilha do mesmo entusiasmo, ajudando a Missão de Portugal no seu difícil repto de tentar melhorar Tóquio2020, onde teve o seu melhor desempenho de sempre.
O 56.º lugar final na classificação dos países contou com o ouro de Pedro Pichardo no triplo salto, disciplina em que Patrícia Mamona foi prata. Houve ainda o bronze do canoísta Fernando Pimenta em K1 1.000 metros e do judoca Jorge Fonseca em -100 kg.
COP “muito preocupado” com atrasos e valores insuficientes no financiamento para Paris2024.
O Comité Olímpico de Portugal (COP) está “muito preocupado” com os atrasos e valores insuficientes do financiamento à preparação para os Jogos Olímpicos Paris2024 decorrentes das eleições antecipadas e do consequente adiar do orçamento de Estado.
“Ainda não conseguimos introduzir no processo de preparação desportiva olímpica o conjunto de alterações que decorrem da avaliação que fizemos ao ciclo anterior. Estamos a trabalhar no mesmo modelo, com financiamento que está abaixo do exigível, mas isso são contingências do processo”, lamentou o presidente do COP, José Manuel Constantino.
Em declarações à Lusa, o dirigente esclareceu que no atual ciclo olímpico se está a “trabalhar com dotação financeira que vem do exercício transato, que tinha em vista o ano após os Jogos”, recordando que “o problema é que esse ano já passou”.
“Não podemos impedir que o país tenha decidido ir para eleições e tenha paralisado este todo este processo, mas é evidente que a preparação desportiva tem outro calendário, não para. Os quadros competitivos não foram encerrados”, alertou.
José Manuel Constantino, que está em Paris com uma delegação do COP para encontrar a melhor solução para a Casa de Portugal durante os Jogos de 2024, entende que “estes atrasos do processo não ajudam”, pelo que espera pela clarificação do orçamento de Estado em sede de especialidade.
“Todos estes atrasos de processo não ajudam, mas são as contingências. Temos de fazer o que está ao nosso alcance para rapidamente recuperarmos as coisas e dar sentido, orientação e perceber o trajeto para Paris2024 que será determinado pelos meios que o governo entender disponibilizar ao dispor do COP, das federações, dos atletas e treinadores para as suas prestações desportivas”, sentenciou.
O dirigente revelou ainda que o projeto esperanças olímpicas, que visa alcançar Jogos posteriores aos próximos, está parado desde o início do ano por falta de financiamento.
Apesar do Orçamento de Estado ainda não estar fechado, Constantino admitiu que esperava, nesta fase, já ter uma orientação por parte da tutela, revelando que até ao momento não recebeu qualquer comunicação.
“É absolutamente essencial que todos estejamos alinhados no mesmo sentido”, resumiu, formulando o desejo de que Portugal possa, pelo menos, igualar o desempenho de Tóquio2020, o melhor do seu historial.
O 56.º lugar final na classificação dos países contou com o ouro de Pedro Pichardo no triplo salto, disciplina em que Patrícia Mamona foi prata. Houve ainda o bronze do canoísta Fernando Pimenta em K1 1.000 metros e do judoca Jorge Fonseca em -100 kg.
Com Agência Lusa.