Passos Coelho diz que Montenegro tem competência para preparar alternativa ao atual Governo. « Tu foste um grande primeiro-ministro », disse-lhe o atual líder.
O antigo presidente dos sociais-democratas deslocou-se ontem a Quarteira, no Algarve, para participar na Festa do Pontal, comício de ‘reentré’ dos sociais-democratas, onde chegou por volta das 20:00 e foi recebido efusivamente pelas centenas de militantes no recinto instalado no Calçadão daquela cidade, junto à praia.
À entrada, Pedro Passos Coelho disse aos jornalistas que se deslocou ao Algarve “para assinalar este novo ciclo do partido”, manifestando o desejo “de que o esforço que está a ser feito por Luís Montenegro de reconciliação, de união do PSD, possa ser colocado ao serviço do país”.
“O PSD tem uma nova liderança, tem pela frente a possibilidade de liderar a oposição e, em simultâneo, preparar uma alternativa de Governo que o país vai precisar seguramente. Portugal vai precisar, não tenho dúvida nenhuma, de um Governo diferente daquele que temos e na altura própria os portugueses irão pronunciar-se sobre isso”, afirmou.
Questionado sobre se a sua presença em Quarteira irá “ofuscar” a intervenção de Luís Montenegro, o antigo primeiro-ministro respondeu: “Espero que não, porque senão não viria cá”.
“Na prática, vim aqui dar um abraço ao Luís Montenegro, com quem não pude estar na altura da sua eleição, para lhe transmitir aquilo que ele sabe: que lhe desejo a maior sorte do mundo, porque também é preciso ter um bocadinho de sorte nestas coisas, mas sei que ele fará também pela sorte”, salientou.
Pedro Passos Coelho considerou ainda que presidente social-democrata “é uma pessoa bem preparada, muito competente e que vai estar à altura das exigências que o PSD vai enfrentar”.
Interrogado sobre se tem confiança na eleição de Luís Montenegro como primeiro-ministro nas próximas legislativas, Passos Coelho manifestou-se convicto de que o líder do partido “preparará uma solução de Governo e poderá pô-la em prática na altura certa”, sendo que “essa altura será quando o país precisar”.