Expresso: PM Costa toma pequeno-almoço em café e diz que “não é essencial estar em casa”; depois, em entrevista à TSF, recusa austeridade, admite verão sem bares e discotecas e fala em retoma a dois anos. Portugal registava ontem 1.218 mortes relacionadas com a covid-19, mais 13 do que no sábado, e 29.036 infetados, mais 226.
Informação oficial (Hoje): Covid-19: Portugal com 1.231 mortos e 29.209 infetados
Em comparação com os dados de domingo, em que se registavam 1.218 mortos, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 1,1%.
Relativamente ao número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus (29.209), os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) revelam que há mais 173 casos do que no domingo (29.036), representando uma subida de 0,6%.
A região Norte é a que regista o maior número de mortos (698), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (279), do Centro (223), do Algarve (15), dos Açores (15) e do Alentejo, que regista um caso, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de domingo, mantendo-se a Região Autónoma da Madeira sem registo de óbitos.
Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde, 633 vítimas mortais são mulheres e 598 são homens.
Das mortes registadas, 824 tinham mais de 80 anos, 242 tinham entre os 70 e os 79 anos, 111 tinham entre os 60 e 69 anos, 40 entre 50 e 59, 13 entre os 40 e os 49 e um dos doentes tinha entre 20 e 29 anos.
A caracterização clínica dos casos confirmados indica que 628 doentes estão internados em hospitais, menos 29 do que no domingo (-4,4%), e 105 estão em Unidades de Cuidados Intensivos, menos três (-2,8%).
A recuperar em casa estão 20.920 pessoas.
Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo novo coronavírus (1.962), seguido por Vila Nova de Gaia (1.485), Porto (1.318) Matosinhos (1.236), Braga (1.154) e Gondomar (1.053).
Desde o dia 01 de janeiro, registaram-se 295.449 casos suspeitos, dos quais 2.260 aguardam resultado dos testes.
Há 263.980 casos em que o resultado dos testes foi negativo, refere a DGS, adiantando que o número de doentes recuperados subiu para 6.430, mais 1.794 (+38,7%) relativamente a domingo.
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 16.396, seguida pela região de Lisboa e Vale do Tejo, com 8.361, da região Centro, com 3.628, do Algarve (356) e do Alentejo (243).
Os Açores registam 135 casos de covid-19 e a Madeira contabiliza 90 casos confirmados, de acordo com o boletim hoje divulgado.
A DGS regista também 25.360 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Do total de infetados, 17.095 são mulheres e 12.114 homens.
A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.942), seguida da faixa dos 40 aos 49 anos (4.907) e das pessoas com mais de 80 anos (4.351 casos).
Há ainda 4.263 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 3.627 entre os 20 e os 29 anos, 3.250 entre os 60 e 69 anos e 2.419 com idades entre 70 e 79 anos.
A DGS regista também 528 casos de crianças até aos nove anos e 922 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.
Segundo o relatório diário da situação epidemiológica em Portugal, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França e 88 do Reino Unido. Há ainda centenas de casos importados de dezenas de outros países.
De acordo com a DGS, 41% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 89% dos casos confirmados.
A pandemia de covid-19, que teve origem na China, já provocou mais de 315.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas.
Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados pelas autoridades de saúde.
Expresso:
Verão sem bares e discotecas? « Se for necessário », sim
António Costa diz na entrevista à TSF, que « ainda não está no calendário » do Governo a reabertura de bares e discotecas. Questionado se estes podem permanecer encerrados no Verão, responde: « Se for necessário. Se não for, melhor ». « Não podemos pôr em causa o que conseguimos », disse e por isso estas atividades serão « as últimas » a abrir.
O primeiro-ministro diz que caso diferente são os ginásios e diz que está a trabalhar com o setor para ver como será possível reabrir. Costa lembra no entanto que foi um setor que se reinventou com aulas online e agora com atividades ao ar livre. « Vamos poder ir avançando », reforçou.