A polícia londrina emitiu um novo apelo público para informação sobre o homicídio, no domingo, de um português de 24 anos, morto por tiros disparados de uma mota em andamento.
A Metropolitan Police identificou a vítima como Wilson Alexandre Garcia Varela, que vivia em Forest Gate, no este da cidade, mas que foi morto no bairro de Camden Town, perto do centro da capital britânica.
« Embora a nossa investigação esteja a avançar a ritmo acelerado, o motivo para este tiroteio permanece incerto. É difícil perceber o que poderá ter levado ao homicídio e precisamos de alguém que nos diga porque aconteceu », afirmou o inspetor chefe Simon Stancombe.
Até agora ainda não foram feitas quaisquer detenções e as investigações da polícia continuam, em torno de uma mota com duas pessoas que terá sido vista a circular e esperar algum tempo nas proximidades.
Imagens de videovigilância mostram a mota com os suspeitos a circular na zona onde foi encontrado o português e a exibir uma arma de fogo, que dispararam à queima-roupa na direção do português.
Stancombe disse querer saber o motivo para Wilson Varela ter sido visado pelos disparos e questiona-se se ele seria mesmo o alvo do crime.
A polícia londrina adiantou ter recebido informações sobre o disparo de tiros em Malden Road pouco antes da meia-noite e disse que encontrou o português ferido, mas este foi declarado morto no local pouco depois, às 0.10 horas de segunda-feira.
Ao local acorreram, além de agentes normais, polícias armados e um helicóptero de assistência médica.
Uma autópsia realizada na terça-feira concluiu que a causa da morte foi um tiro no peito.
Um porta-voz da família de Wilson, citado num comunicado da polícia, recordou o português como « uma inspiração ».
« Vais ser sempre uma lenda viva para todos nós, o teu espírito vai guiar-nos sempre e para sempre como costumavas fazer. Obrigado por seres uma inspiração para tantas pessoas », disse.
O homicídio de Wilson Varela aconteceu na mesma noite e a poucos metros de um outro crime numa rua próxima, Belmont Street, que deixou uma mulher de 22 anos morta, vítima de uma facada.
Uma mulher de 26 anos continua detida e outra de 35 anos foi entretanto libertada, mas continua sob investigação relativamente a este incidente, que deixou outras duas mulheres feridas sem gravidade.
Alfa/JN