Portugal é plataforma de entrada de milhares de imigrantes ilegais na Europa. Países europeus forçam Portugal a agir

Alfa

« Megaoperação: PJ trava rede que faz circular milhares de migrantes ilegais na Europa graças a uma lei portuguesa », informou a CNN Portugal.

Verificaram-se rusgas nesta segunda-feira, 17, em Lisboa, como constatou a Alfa, bem como noutras localidades portuguesas. Investigações já começaram há vários meses.

Para circularem livremente no espaço Schengen basta aos imigrantes apresentarem o registo de uma pré-inscrição em Portugal (feita pela internet) no SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras).

As operações para tentar desmantelar a rede em Portugal foram desencadeadas por queixas de países como a França, Alemanha, Bélgica, Austria… – principais queixas chegaram da França.

De facto, nesta segunda-feira, 17, como a Alfa verificou em Lisboa, verificaram-se buscas em prédios suspeitos de albergar imigrantes ilegais designadamente nas zonas da Praça Martim Moniz e da avenida Almirante Reis.

« Associação criminosa terá sido responsável pela livre circulação na Europa de dezenas ou centenas de milhares de migrantes em situação ilegal », informou a CNN.

 

É visada uma rede com origem em países do sudeste asiático, da Índia ao Paquistão, que decidiu montar um esquema na perversão do sentido do chamado Sistema Automático de Pré-Agendamento do SEF.

As redes « fomentam a entrada de centenas de milhares de requerimentos feitos online e pedidos de entrevistas para imigrantes que solicitam autorização de residência com base em supostos contratos de trabalho ».

« Deixam, assim, os serviços do SEF em pré-rutura, sem capacidade de dar vazão à chamada dos candidatos. E com isso permitem que milhares de migrantes recrutados pela rede, cada um a troco de milhares de euros, circulem livremente pela Europa com a premissa de estarem à espera de entrevistas das autoridades portuguesas » – CNN.

Se forem apanhados, basta-lhes mostrar a pré-inscrição em Portugal e, na pior das hipóteses, são obrigados a regressar a Portugal.

« O esquema foi detetado no estrangeiro e, pondo em causa a segurança dos Estados Membros, foi criada uma JIT – Joint Investigation Team –, investigação conjunta entre as autoridades de diferentes países mas encabeçada pela PJ e pelo Ministério Público português, por o epicentro do problema estar em Lisboa ».

 

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