Portugal/Eleições. Pedro Nuno, líder do PS, acusa Chega de mentir aos portugueses

Pedro Nuno Santos (C ), secretário-geral do Partido Socialista acompanhado por Paulo Cafôfo (D ), presidente do PS Madeira, esta tarde durante a sessão de encerramento 21.º Congresso Regional do PS Madeira, no Funchal, 14 de janeiro de 2024, HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

Pedro Nuno acusa Chega de mentir aos portugueses e apresentar propostas impossíveis 

 

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou hoje que metade das propostas do Chega são impossíveis de concretizar e “a outra metade é impossível aceitar”, acusando o partido de mentir aos portugueses.

“O Chega apresenta-se perante os portugueses com a mentira, com a manipulação, com o único objetivo de seduzir aqueles que estão descontentes, aqueles que estão zangados. Mas a pergunta que nós temos de colocar e todos têm de colocar é se têm soluções”, declarou Pedro Nuno Santos, no encerramento do XXI Congresso do PS/Madeira, no Funchal.

“Não, o Chega não tem soluções para os problemas do país. Grita, fala alto, mas não tem solução para nenhum problema nacional”, considerou o secretário-geral socialista, acrescentando que o Congresso do Chega, a decorrer em Viana do Castelo, « é o congresso da mentira ».

Pedro Nuno Santos disse que “50% das propostas que o Chega faz são impossíveis de realizar”, dando como exemplo a medida para que nenhuma pensão tenha valor inferior ao salário mínimo nacional.

“O líder do Chega não foi capaz de explicar como é que financia mais sete mil, oito mil milhões de euros por ano e não conseguiu ser convincente porque não é possível. Rebentava com o Orçamento do Estado e rebentava com o sistema público de pensões”, apontou.

Acusando aquele partido de desrespeitar “quem trabalhou uma vida inteira”, o dirigente socialista salientou que “o PS continuará a aumentar rendimentos, mas fará isso com sentido de responsabilidade”.

“Nenhum reformado quer conviver com propostas irresponsáveis que podem pôr em causa o sistema público de pensões”, sustentou.

Pedro Nuno Santos referiu, por outro lado, que a outra metade das propostas feitas pelo Chega “é impossível de aceitar”.

“Nós vimos o líder do Chega a desvalorizar o investimento que é feito na igualdade de género em Portugal. […] Serve propósitos de retórica, mas aquilo que eles fazem todos os dias e que fizeram este fim de semana é desvalorizar o combate à discriminação que continua a existir entre homens e mulheres em Portugal, a desvalorização do combate à violência doméstica que continua a existir em Portugal”, lamentou.

“Na realidade, o Chega não respeita as mulheres em Portugal, não respeita as nossas avós, as nossas mães, não respeita as mulheres portuguesas”, reforçou, defendendo que “só o PS no governo pode assegurar que não há retrocesso nos direitos das mulheres”.

O secretário-geral do PS acrescentou que os socialistas, ao contrário « do partido que está hoje reunido no Congresso », têm « uma visão de respeito, uma visão de humanismo para com todos, para com os outros ».

« Nós temos uma visão comunitária da vida. Os problemas de uns são os problemas de todos, nós queremos resolver os problemas do país em conjunto”, vincou.

Alfa/ com Lusa

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