“Portugal ganhou com a covid”. Governante Brilhante Dias criticado por declarações em Paris

Alfa

As declarações em Paris, onde acompanhou uma comitiva de empresários portugueses no âmbito do salão de vestuário e têxtil Première Vision, do secretário de Estado da Internacionalização provocaram forte polémica e incómodo no Governo. Eurico Brilhante Dias defendeu que o país enfrentou a pandemia “com êxito”, o que “teve um efeito positivo sobre a marca Portugal”.

Com efeito, o secretário de Estado da Internacionalização considerou esta quinta-feira, em Paris, que “Portugal ganhou com a covid”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros esclareceu, no entanto, em comunicado, que Brilhante Dias lamentou mortes e que salientou os efeitos « profundamente negativos » da pandemia.

Mas o Primeiro-ministro e chefe do PS preferiu distanciar-se. Em campanha eleitoral para as autárquicas de domingo, 26, António Costa afirmou que controlo da pandemia em Portugal “não é um cartaz turístico”.

“O secretário de Estado estava a fazer uma intervenção em que explicava que, relativamente a esta situação, Portugal, indiscutivelmente e isso é claro, provou bem [a sua capacidade] no contexto internacional. Agora, não é um cartaz turístico”, disse António Costa, questionado pelas declarações de Eurico Brilhante.

O que realmente disse o secretário de Estado foi isto: « Vou dizer uma coisa que talvez não seja politicamente correta. Nós ganhámos com o covid. E ganhámos porquê? Porque Portugal foi um país que tendo as suas dificuldades, enfrentou a covid-19 com êxito. Faleceram pessoas e muitas pessoas passaram muito mal, mas Portugal mostrou-se um país muito organizado que enfrentou uma realidade muito disruptiva com sucesso ».

 

Já a oposição criticou Brilhante Dias.

Rui Rio, líder do PSD disse que secretário de Estado fez « declarações ridículas » sobre covid-19.

Catarina Martins, coordenadora do BE) criticou  « frase profundamente infeliz” de secretário de Estado.

Article précédentAté 8/10. Abertas candidaturas aos cursos à distância do Instituto Camões
Article suivantA diáspora portuguesa e Portugal. E também Grande Fado e muita cultura no Passagem de Nível, domingo, 26/9. Entrevistas