Portugal procura fazer história em solo russo

Portugal, atual campeão europeu, apresenta-se no Mundial de futebol de 2018, que arranca em 14 de junho, na Rússia, praticamente na máxima força e com todas as condições para, pelo menos, chegar aos oitavos de final.

Para já, do lado da seleção nacional, o médio Danilo é único jogador que vai falhar a competição devido a lesão, num grupo que tem 10 alterações em relação à equipa que conquistou o Euro2016, com destaque também para as ausências de Éder e Nani, ambos por opção.

Éder, que foi o ‘herói’ da final de Paris, não entrou nas contas de Fernando Santos, enquanto Nani teve uma temporada com muitas problemas físicos na Lazio e acabou por não integrar também as escolhas do selecionador, apesar de ser o terceiro jogador com mais internacionalizações ‘AA’.

Se não acontecer alguma surpresa desagradável, a formação lusa chega à Rússia perto da máxima força e liderada por Cristiano Ronaldo que, aos 33 anos, poderá disputar o último Campeonato do Mundo da carreira, naquela que talvez seja a derradeira oportunidade para colocar Portugal pela primeira vez na final da prova. O máximo que a seleção nacional alcançou foi as meias-finais, em 1966 e 2006.

O mesmo acontece com outros ‘trintões’, como Beto, Pepe, Bruno Alves, José Fonte e Ricardo Quaresma, que deverão ter a última oportunidade de poder colocar Portugal pela primeira vez no topo do mundo.

Na sétima participação no campeonato do Mundo, quinta consecutiva, Portugal ficou integrado no Grupo B, com Espanha, Marrocos e Irão, e é favorito a assegurar a passagem até à fase a eliminar, juntamente com os campeões mundiais de 2010.

Logo na primeira jornada, a 15 de junho, em Sochi, Portugal defronta a Espanha, num encontro entre os dois favoritos do grupo e que poderá definir, na teoria, quem passa em primeiro lugar.

Mesmo que saia derrotada no duelo ibérico, a seleção nacional continua com todas as condições para seguir em frente, tendo para isso que puxar dos ‘galões’ frente a Marrocos, a 20 de junho, em Moscovo, e Irão, de Carlos Queiróz, a 25, em Saransk.

Nos oitavos de final, é certo que Portugal consegue fugir a aos ‘tubarões’, já que só pode ter pela frente a anfitriã Rússia, o sempre complicado Uruguai, o Egito, de Salah, ou a Arábia Saudita, que aparece como ‘outsider’ do Grupo A.

Caso siga em prova, os quartos de final podem ser uma das fases mais aguardadas da competição, com o possível duelo entre Portugal e Argentina, ou seja, entre Ronaldo e Messi, algo que nunca aconteceu em jogos oficiais a nível de seleções.

Além dos argentinos, a seleção nacional pode também ter pela frente a França, numa reedição da final do Euro2016, que Portugal ganhou, mas também das meias-finais dos Europeus de 1984 e 2004 e do Mundial de 2006, todas favoráveis aos gauleses.

No que respeita às escolhas de Fernando Santos, o meio campo é o setor em que surgem mais dúvidas, num ‘onze’ habitual em que Cristiano Ronaldo é presença garantida, assim como Rui Patricio, embora o guarda-redes chegue à seleção após um final de época muito conturbado no Sporting.

Na defesa, Pepe deverá ser o líder, ficando a dúvida se Fernando Santos vai colocar José Fonte ou Bruno Alves ao seu lado, ou então apostar na juventude de Rúben Dias.

No meio campo, William Carvalho, Adrien Silva, João Mário, Manuel Fernandes, João Moutinho e Bruno Fernandes lutam todos por um lugar, enquanto na frente fica a dúvida de quem será o companheiro de Ronaldo, com André Silva, Gonçalo Guedes e Bernardo Silva a serem os principais candidatos.

Alfa/Lusa.

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