Portugal. Ventura e Montenegro chamam-se mentirosos. Em questão um eventual acordo privado

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luis Montenegro (E), conversa com o presidente do Chega, André Ventura (D), momentos antes do início do debate entre partidos com assento parlamenta sobre as eleições legislativas na Universidade Nova SBE, em Carcavelos, 23 de fevereiro de 2024. As eleições legislativas têm lugar a 10 de março. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Foto de abertura de arquivo – Lusa

 

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A propósito das discussões em torno do Orçamento de Estado para 2025, André Ventura disse numa entrevista na televisão, na noite de quinta para sexta-feira, que Luís Montenegro lhe propôs um acordo que admitia que pudesse integrar o Governo. O líder do Chega acusou o atual chefe do Governo de mentir sobre isso. Este reagiu de imediato numa rede social e chamou também mentiroso ao seu rival da direita radical e escreveu: « Não passa de Mentira e Desespero”. 

Tudo aconteceu no dia em que o Governo apresentou a sua proposta de Orçamento para 2025.

O presidente do Chega, André Ventura, foi a uma televisão e disse que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, lhe propôs em privado um acordo com vista à aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano, que admitia que pudesse integrar o Governo.

“O primeiro-ministro mentiu”, acusou hoje o líder do Chega, nessa entrevista à CNN Portugal, referindo que na terça-feira Luís Montenegro “disse que o Chega não era um parceiro confiável, que ele nunca contou com o Chega e que o Chega foi arredado das negociações”.

De acordo com André Ventura, “isto é falso, o primeiro-ministro negociou com o Chega, quis negociar com o Chega” e propôs “um acordo para este ano”, admitindo “que mais para a frente o Chega viesse a integrar o Governo”.

Poucos minutos depois destas declarações surgiram as explicações (e acusações) de Montenegro:

“Nunca o Governo propôs um acordo ao Chega. O que acaba de ser dito pelo Presidente desse partido é simplesmente mentira”, escreveu Luís Montenegro, na rede social X, numa resposta à entrevista do presidente do Chega, André Ventura, à CNN.

“É grave mas não passa de Mentira e Desespero”, acrescentou o primeiro-ministro.

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