Um cidadão português de 32 anos, que residia na cidade de Buzet-sur-Baïse, entre Bordéus e Toulouse, foi morto a tiro na noite de domingo junto à sua casa, estando detidos três suspeitos, um espanhol e dois portugueses.
Questionada pela Lusa, fonte oficial do Ministério Público de Agen, que está a levar a cabo a investigação deste crime, declarou que as autoridades portuguesas serão « rapidamente » contactadas pelas autoridades francesas relativamente à morte deste homem de 32 anos que nasceu em Portugal.
O crime ocorreu após uma festa de família que terá terminado com « grandes tensões » e altercações entre as pessoas que estavam presentes, segundo a imprensa local.
O Ministério Público referiu à Lusa que os três suspeitos « não estavam na festa », mas conheciam a vítima. Ainda segundo as autoridades francesas, esta não era uma festividade ligada à comunidade portuguesa.
O português terá deixado a festa e acabou por ser morto a tiro no carro à porta da sua casa. Dentro do veículo estavam também a mulher grávida e os seus dois filhos, que não sofreram quaisquer ferimentos.
O homem português era agricultor e estaria instalado nesta pequena cidade na região de Lot-et-Garonne há cerca de dois anos, onde levava uma vida normal com a companheira e os seus dois filhos que frequentam a escola local. Desconhece-se, por enquanto, há quanto tempo viveria em França.
« Nada fazia prever um tal drama. Como é que podíamos imaginar um tal horror? Devido à sua atividade profissional, ele participava pouco na vida da cidade », disse o autarca de Buzet-sur-Baïse, Jean-Louis Molinié, citado pelo jornal La Dépêche, indicando não conhecer a família em causa.
Para já, as autoridades francesas escolheram não divulgar a identidade da vítima.
« Não vamos divulgar a identidade da vítima porque a sua mulher e os seus filhos vivem nesta cidade, as crianças são escolarizadas na cidade, e não queremos juntar ainda mais sofrimento à dor desta família ao divulgar publicamente o nome da vítima e dos autores », disse fonte oficial do Ministério Público de Agen.
Dois dos suspeitos foram logo detidos na noite de domingo para segunda-feira e um terceiro foi detido mais tarde já na segunda-feira. Os suspeitos estão acusados de associação de malfeitores para cometer um crime, um deles está acusado de assassinato e outro de cumplicidade no assassinato.
Este terá sido um assassinato com premeditação, com uma espera por parte dos autores do crime à porta da casa da vítima. Alguns meios de comunicação veiculam que o motivo do crime estará ligado ao consumo de droga.
A autópsia da vítima realiza-se hoje e os resultados vão servir para identificar a arma do crime e quais foram os ferimentos que originaram a sua morte.
Com Agência Lusa.