PR francês pede flexibilidade a Londres para cumprir calendário de transição

O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje que o Reino Unido deve mostrar « flexibilidade » na nova fase de negociações com a União Europeia para respeitar o « calendário ambicioso » de transição, que termina no final de 2020.

 

« O Reino Unido deseja negociações curtas concluídas até ao fim de 2020. Cabe-lhe demonstrar, nas negociações, uma flexibilidade coerente com essa ligação europeia e com esse calendário ambicioso », disse Macron à imprensa por ocasião de um almoço de trabalho com o primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, em Paris.

« Vai ser uma negociação complexa que deve ser abordada com todo o sangue frio do nosso negociador. Michel Barnier », acrescentou.

O acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) prevê um período de transição até ao fim de 2020, prolongável por dois anos, para negociar o complexo sistema de regras que vão reger a futura relação comercial entre os dois lados.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afastou em dezembro qualquer possibilidade de pedir um prolongamento do período de transição.

A negociação da relação com o Reino Unido após o ‘Brexit’ será um dos pontos mais importantes da presidência semestral do Conselho Europeu, exercida pela Croácia desde 01 de janeiro.

Andrej Plenkovic manifestou esperança em chegar a um « acordo realista » que permita « as melhores relações entre a UE e o Reino Unido ».

Entre as prioridades da presidência croata estão a abertura de negociações de adesão à UE com a Macedónia do Norte e a Albânia, bloqueada no último Conselho Europeu, em outubro, pela França, que defende uma reforma do processo de adesão antes de qualquer novo alargamento.

« A Comissão Europeia apresentará propostas muito em breve e a adoção das grandes linhas políticas de uma nova metodologia é, na minha opinião, um pré-requisito à abertura de negociações de adesão », disse Emmanuel Macron.

« A vontade de França é fazer da Cimeira de Zagreb » sobre o alargamento, prevista para maio, « um êxito para a Europa », disse.

 

Alfa/Lusa.

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