Marcelo lembra a diáspora portuguesa ao evocar o acolhimento fraternal aos imigrantes em Portugal

PR: Marcelo assume-se como Presidente de todos os que vivem em Portugal

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assumiu ontem no Porto, ser o Presidente de todos os portugueses, mas também de todos aqueles que vivem em Portugal, incluindo claro imigrantes.

“O Presidente da República é, naturalmente, Presidente eleito pelos nacionais portugueses, mas é Presidente também de todos os que vivem em Portugal, mesmo não sendo portugueses ou não sendo portugueses de origem”, disse, no Centro Cultural Islâmico do Porto, no dia da sua tomada de posse para um novo mandato.

Nessa altura do seu discurso, feito de improviso, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou a diáspora portuguesa, referindo que existem portugueses em todo o mundo e sublinhando como é « importante o acolhimento compreensivo, fraternal e tolerante ».

“Não podemos querer, para os que partem de Portugal para os confins do mundo, aquilo que não estamos dispostos a dar aos que chegam do mundo a Portugal”, frisou.

É “espírito universal, fraterno, de amor, de concórdia, de compreensão, e aceitação e de diálogo que explica porque é que os portugueses estão presentes em tantas organizações mundiais e internacionais”, referiu Marcelo, dando o exemplo de António Guterres à frente das Nações Unidas.

O Presidente da República sublinhou ainda que não há um português puro, tendo os portugueses « influência dos gregos, dos orientais, dos romanos, dos africanos, dos nórdicos, dos americanos, norte-americanos, latino-americanos, sul-americanos e dos asiáticos ».

“Foi assim na nossa história. Não temos uma origem, temos inúmeras origens, foi essa a riqueza da cultura portuguesa, termos palavras que são palavras árabes, latinas, gregas, fenícias, celtas, nórdicas, de influência americana, africana e asiática”, vincou.

E tudo isso faz parte da cultura, património e história de Portugal, não havendo portugueses de primeira, segunda ou terceira.

Marcelo prosseguiu: “somos todos de primeira, tenhamos origens mais longínquas ou mais próximas nas nossas linhagens familiares. Somos assim e devemos ser assim, no respeito pela liberdade religiosa, de pensamento, de expressão ou cultural”.

E o Presidente da República é assim que se sente, representante de toda esta diversidade “muito rica”.

 

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