Presidente Marcelo Rebelo de Sousa ainda não anunciou recandidatura e ainda não há também data oficial para a primeira volta das presidenciais portuguesas, que deverá ocorrer a 24 de janeiro. Mas já se sabe que o PS não apresenta candidato oficial, dá liberdade de voto aos militantes e está dividido entre a candidatura da socialista Ana Gomes e a provável de Marcelo Rebelo de Sousa.
Neste fim de semana, numa reunião da Comissão Política do partido, o secretário-geral e primeiro-ministro, António Costa, defendeu a liberdade de voto nas próximas eleições presidenciais e fez elogios às relações institucionais entre o Presidente da República e o Governo desde março de 2016.
António Costa falou sobre a candidata presidencial Ana Gomes e disse que esta é uma « ilustre militante », não fazendo qualquer crítica à antiga diplomata e ex-eurodeputada socialista.
Ainda em relação à questão das presidenciais, António Costa disse que tem consultado « vários militantes ilustres do PS », com uns a manifestarem preferência por Marcelo Rebelo de Sousa, outros por Ana Gomes, e contou que até ouviu quem esteja disponível para apoiar a candidatura presidencial do eurodeputado do PCP João Ferreira.
Nas intervenções que se seguiram, o ministro Augusto Santos Silva, o ex-ministro Vieira da Silva e a dirigente socialista Edite Estrela fizeram discursos a elogiar a forma como Marcelo Rebelo de Sousa tem desempenhado as funções de Presidente da República.
No lado contrário, de acordo com fontes socialistas, colocaram-se o sindicalista Carlos Trindade e o líder da FAUL (Federação da Área Urbana de Lisboa) do PS e secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.
O dirigente socialista Daniel Adrião, apoiante de Ana Gomes, pegou precisamente neste ponto para contrapor que a maioria dos militantes do PS não está com Marcelo Rebelo de Sousa e que, por essa razão, se impunha uma consulta interna aos membros do partido sobre o candidato a apoiar.
O dirigente socialista e ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, manifestou apoio à candidatura presidencial de Ana Gomes, criticou o mandato de Marcelo Rebelo de Sousa e a forma como a direção do PS atuou em matéria de eleições presidenciais.
O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, manifestou apoio a uma recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa.
O PS faz uma avaliação positiva do atual mandato de Marcelo Rebelo de Sousa. Valoriza o entendimento que tem praticado da função presidencial, a proximidade com os portugueses, a solidariedade institucional com os demais órgãos de soberania, a ação na Europa e no mundo em prol dos interesses de Portugal ».
Em relação a outros militantes socialistas, de destacar que por exemplo o histórico e antigo candidato presidencial, Manuel Alegre, declarou apoio a Ana Gomes e que o deputado pelo círculo da Europa, Paulo Pisco, fez na Comissão Nacional um discurso muito caloroso de apoio e de grandes elogios ao PR Marcelo.
“No estrangeiro, como todos sabemos, (Marcelo Rebelo de Sousa) é um estadista prestigiado, um símbolo de modernidade, de abertura, de inteligência política, que pelo seu desempenho e personalidade, tem promovido mais o país do que qualquer campanha publicitária… é por isso que não tenho dúvidas sobre a quem darei o meu voto nas próximas eleições presidenciais e considerei importante partilhar esta decisão com os nossos camaradas e com as nossas Comunidades, como um dever de consciência”, afirmou Paulo Pisco.
Deputado pelo círculo da Europa, Paulo Pisco, apoia Marcelo Rebelo de Sousa: