Presidente francesa da TAP contratava estrangeiros, muitos franceses, « mais caros » para a empresa

Crise na TAP e comissão de inquérito parlamentar: 

Novos contratados pela TAP eram mais caros e alguns (franceses) « não escondiam » proximidade com a presidente executiva, Christine Ourmières-Widener – indicou a antiga secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, ex-administradora da companhia portuguesa, na Comissão de inquérito. A francesa vai sair agora da companhia, ao que tudo indica com processo litigioso (ler texto relacionado no site da Rádio Alfa).

 

Da Comissão de inquérito sobre a grave crise da TAP têm saído revelações importantes e inesperadas. Alguns casos agora revelados teriam levado ao choque entre Alexandra Reis e a presidente executiva.

« Eram franceses os novos quadros da TAP, contratados pela administração de Christine Ourmières-Widener, que mostravam proximidade com a CEO, afirmou Alexandra Reis », escreve o Expresso no seu relato sobre os trabalhos da Comissão.

« A antiga administradora admite que a CEO estaria a par do seu desagrado com a situação – e admite que esse poderá ter sido um dos pontos de divergência que levou à sua saída da companhia aérea e à sua polémica indemnização de 500 mil euros », acrescenta o jornal.

A indemnização elevada, que provocou escândalo em Portugal, visaria « calar » a antiga administradora e ex-governante, segundo alguns comentadores.

Alexandra Reis disse que não gostou das opções da presidente e que a contratação de novos diretores para a companhia tinham um custo elevado e a maioria eram estrangeiros (muitos franceses), sobretudo porque ocorreram quando estava em curso um  plano de reestruturação no decorrer do qual tinham saído muitos trabalhadores.

Christine Ourmières-Widener teria contratado novos diretores e assessores para a TAP e entre eles havia pessoas de que era próxima, alguns da sua família.

« Como havia muitos não portugueses a serem contratados, isso tinha custos extra para a TAP, com a troca de casa [e outros extra] », adiantou. Em resposta a Hugo Costa, esclareceu que os novos contratados »vinham sobretudo do Reino Unido, França e uma pessoa, julgo, vinha da América do Sul », relata o Expresso.

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