Direita quer votos online na emigração, mas maioria recusa, informa o Jornal de Notícias na sua edição de hoje, domingo, 26/02. PS só quer testar voto eletrónico presencial.
Diploma do PSD para testar voto eletrónico não presencial tem o apoio do Chega, da IL e de organismos das comunidades. Governo prefere aposta na mobilidade.
Segundo o JN, « a Direita quer que as eleições europeias sejam aproveitadas para se fazer um teste-piloto do voto eletrónico à distância, ou seja, online ».
« Trata-se de uma reivindicação antiga do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) e foi vertida em projeto de lei pelo PSD. O diploma conta com o apoio do Chega e da Iniciativa Liberal (IL). O PS, porém, só admite testar o voto eletrónico se for presencial, como sucedeu nas europeias de 2019, em Évora. E o Governo prefere apostar na votação em mobilidade », acrescenta o diário.
A medida visa combater a abstenção nos círculos da emigração, onde, nas legislativas de 2022, apenas votaram 11% dos eleitores inscritos. E já tinha sido reivindicada pelo CCP para ser testada nas eleições para aquele órgão.
« Queríamos avançar com um teste piloto, mas a ex-governante Berta Nunes pediu-nos para adiar. O anterior Governo caiu e, agora, há um recuo. Estamos muito desiludidos », revela o presidente do Conselho Regional das Comunidades, Pedro Rupio, considerando que a proposta do PSD, que será discutida, no Parlamento, no próximo dia 3, « vai perfeitamente ao encontro » das pretensões do CCP.