Depois de ser alvo de buscas na passada quarta-feira por suspeitas de peculato e abuso de poder em benefício do seu partido, o ex-líder do PSD, Rui Rio, classificou de « inadmissível » a atuação do Ministério Público.
O ex-presidente social social-democrata considerou a atuação do Ministério Público “inadmissível” e “gravíssima”, e apelou à coragem do poder político para dizer “basta”.
Rui Rio está a ser investigado por alegadamente terem sido pagos milhares de euros por mês (com dinheiro da Assembleia da República) a funcionários que não exerciam funções no Parlamento, mas sim na sede e nas distritais do partido.
Rui Rio acusou ainda o Ministério Público de se “intrometer politicamente” ao ordenar buscas na sua residência e na sede nacional do PSD.
« Se o Presidente da República, a Assembleia e os partidos não tiverem coragem de dizer basta haverá algum dia em que alguém vai dizer chega », disse o ex-presidente do PSD, em entrevista à SIC, dois dias após buscas por suspeitas dos crimes de peculato e abuso de poderes.
Em causa está a utilização de verbas do Parlamento, destinadas ao pagamento de assessores parlamentares, para pagar a funcionários do partido entre 2018 e 2022.