PSD voltou a ser “maior partido do poder local”

Portuguese Prime Minister and President of the Social Democratic Party (PSD), Luís Montenegro (L), greets the candidate of the coalition PSD/IL/CDS-PP for Porto City Council, Pedro Duarte (C), on election night for the local elections at party headquarters in Porto, Portugal, 13 October 2025. More than 9.3 million electors can vote in the local elections in Portugal on 12 October 2025. FERNANDO VELUDO/LUSA

O presidente do PSD afirmou hoje que os sociais-democratas voltaram a ser « o maior partido no poder local”, com mais votos, mais mandatos, mais presidentes de Junta e de Câmara, estando em condições de liderar a ANMP e ANAFRE.

Luís Montenegro reagia aos resultados autárquicos na sede do PSD/Porto, onde o partido acompanhou a noite eleitoral.

O PSD, sozinho e em coligação, conseguiu entre 134 e 135 câmaras, segundo dirigentes do partido, o que lhe permitirá voltar a liderar a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias, que tinha perdido em 2013.

Luís Montenegro começou por agradecer aos portugueses a confiança que foi depositada no PSD, salientando que o partido que lidera “teve mais votos, mais mandatos, elegeu mais presidentes de junta de freguesia, elegeu mais presidentes de Câmara Municipal e obteve uma vitória histórica nos cinco maiores concelhos do país”.

O PSD, sozinho ou coligado, venceu em Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Sintra e Cascais.

“Convido-vos a procurarem nos vossos apontamentos o último primeiro-ministro do PSD que venceu eleições autárquicas no exercício da função”, afirmou, numa referência implícita ao antigo primeiro-ministro Cavaco Silva, que as venceu em 1985, já primeiro-ministro.

Nas mais recentes vitórias autárquicas do PSD (em 2001, 2005 e 2009), o partido estava na oposição.

“Eu não vou dizer que é um resultado histórico, mas é extraordinariamente relevante”, disse, pedindo à comunicação social uma “análise objetiva da performance eleitoral do PSD” desde que assumiu a liderança do partido em 2022.

Montenegro já tinha salientado que os sociais-democratas lideram atualmente as duas Regiões Autónomas e são também o maior partido na Assembleia da República.

“Isso dá-nos uma grande responsabilidade, a responsabilidade de não falhar, a responsabilidade de traduzir em decisões concretas, em objetivos e em resultados, aquilo que é a confiança que recebemos do povo”, afirmou, assegurando que não irá desperdiçar “a expressão de um caminho de estabilidade, de confiança”.

O líder do PSD deixou ainda um remoque aos seus adversários políticos, dizendo que “toda a gente se apresentou como ganhador”.

“Cada um apresenta o seu ângulo, mas do ponto de vista objetivo, nós éramos a segunda força com maior representação em termos de presidência da Câmara, somos a primeira, éramos a segunda força com maior representação em termos de residentes de Junta, somos o primeiro. Não éramos a força política que tinha mais votos e mais mandatos, neste momento somos. Eu não sei o que é que posso dizer mais para poder comprovar a vitória eleitoral que tivemos”, afirmou.

Montenegro salientou que traçou o objetivo de voltar a colocar o PSD como maior partido autárquico mal assumiu a liderança, em 2022.

“Bem sei que muitos consideraram esse um objetivo inalcançável, difícil, por que a diferença de representação face ao PS era muito significativa”, disse, referindo-se às 35 câmaras que separavam os dois partidos em 2021.

Montenegro admitiu que o PSD teve “algumas surpresas menos agradáveis”, considerando que “faz parte das noites eleitorais das eleições autárquicas”, sem concretizar, mas numa noite em que o partido perdeu bastiões como Viseu ou Bragança, e capitais de distrito como Coimbra e Faro.

“Tivemos muito mais, não vou dizer surpresas, mas o reconhecimento de vitórias eleitorais, mais do que qualquer outra força política”, considerou.

 

Com Agência Lusa.

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