PSP procura identificar autores de vandalismo em estátua do Padre António Vieira
De acordo com a fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (COMETLIS), « houve uma projeção de tinta » vermelha sobre as figuras do Padre António Vieira e de três crianças, que compõem o conjunto de esculturas, tendo sido igualmente escrita a palavra « Descoloniza » na base do monumento.
Segundo a mesma fonte, depois do alerta da comunicação social, foram mobilizadas equipas de investigação criminal da PSP, que fizeram diligências no local « para recolher mais e melhores meios de prova » que possam levar à identificação dos autores.
Os danos em monumentos configuram crime público, disse o responsável da PSP de Lisboa, adiantando que o processo será agora reencaminhado ao Ministério Público.
Instalada no Largo Trindade Coelho, próximo da zona do Bairro Alto, a instalação da estatua do Padre António Vieira resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia, cuja sede se localiza naquele largo.
No dia da inauguração, a 22 de junho de 2017, o presidente da câmara, Fernando Medina, disse tratar-se de uma homenagem fundamental a “uma das maiores personalidades do pensamento” português até agora sem « a devida expressão de reconhecimento” na cidade.
No seguimento a morte do norte-americano George Floyd e das manifestações que se lhe seguiram, vários monumentos têm sido vandalizados e derrubados em cidades dos Estados Unidos, mas também na Europa, por serem associados ao racismo e a períodos da escravatura por alguns movimentos.
Segundo o jornal Observador, A Câmara Municipal de Lisboa (CML) já limpou a estátua do Padre António Vieira, instalada no Largo Trindade Coelho, na capital portuguesa, depois de esta ter sido na tarde de quinta-feira vandalizada com a palavra “descoloniza” pintada a vermelho e pichagens da mesma cor nas personagens de bronze que a compõem.