
O presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaifi, está a ser investigado em França por uma suposta compra de votos no conselho de administração do Grupo Lagardère, do qual era acionista, através de um fundo do Qatar.
Al Khelaifi é suspeito de estar envolvido na alteração de um voto no conselho de administração, em 2018, entre os multimilionários Vincent Bolloré, proprietário do grupo Vivendi, e Bernard Arnault, proprietário do grupo LVMH.
O representante catari terá votado a favor de Bolloré mas depois de uma reunião, mudou o seu voto.
Segundo a Rádio RMC Sport, fontes próximas do governo do Qatar, asseguram estar « fartas desses abusos ». Muito irritados, os líderes do Emirado ameaçam retirar os seus investimentos em França, incluindo a beIN Sports e o PSG.
« Perseguições falsas, chantagens, críticas diárias, culpar os outros pela sua total incompetência. Todos os problemas em França são culpa deles. Isso é um puro abuso e todos estão fartos », pode ler-se.
Al-Khelaïfi alvo de várias queixas e procedimentos
Para além deste caso Lagardère, Nasser Al-Khelaïfi foi recentemente citado noutros processos judiciais. A sua acusação por corrupção no caso das candidaturas do Qatar aos Campeonatos do Mundo de Atletismo de 2017 e 2019 foi definitivamente anulada em meados de fevereiro de 2023. A ‘Cour de cassation’ julgou que a justiça francesa era incompetente para iniciar processos contra ele.
Os juízes de instrução parisienses estão a investigar acusações de rapto e sequestro no Qatar, das quais o ‘lobista’ franco-argelino Tayeb Benabderrahmane terá sido vítima. Nasser Al-Khelaïfi refuta todas estas acusações e apresentou queixa.
Com BFMTV e Jornal aBola.