Receitas de venda de música tiveram aumento global de 7,4% em ano de pandemia

 O mercado global discográfico registou em 2020 um aumento de 7,4% nas receitas de venda de música, totalizando 18,1 mil milhões de euros, por conta dos serviços de subscrição das plataformas de ‘streaming’.

Os dados, revelados hoje pela Federação Internacional da Indústria Discográfica (IFPI), demonstram que, em ano de pandemia da covid-19, aquele aumento de receitas derivou de um crescimento de 18,5% do número de subscrições em plataformas de ‘streaming’, como Spotify e Apple Music.

Dos 18,1 mil milhões de euros de receita global, que a indústria discográfica obteve em 2020, 62,1% (11,2 mil milhões de euros) resultaram do ‘streaming’.

Segundo a federação, no final de 2020 existiam 443 milhões de utilizadores com subscrição paga em plataformas de ‘streaming’ de música.

Este aumento de consumo em ‘streaming’, face a 2019, compensou as quebras de receitas noutros formatos, nomeadamente as vendas em suportes físicos (perdeu 4,7%) e provenientes de atuações ao vivo (10,1%), já que a pandemia da covid-19 obrigou ao cancelamento e adiamento de milhares de eventos.

A IFPI recorda que 2020 foi o sexto ano consecutivo de aumento de receitas da indústria discográfica.

A América Latina (15,9%), a Ásia (9,5%) e a região de África e Médio Oriente (8,4%) foram as que registaram um maior aumento de receitas em 2020.

As receitas de venda de música aumentaram 3,5% na Europa e 7,4% nos Estados Unidos e Canadá.

No topo dos artistas que mais venderam e lucraram, globalmente, em 2020, estão os sul-coreanos BTS, fenómeno da música pop – denominada K-Pop – com o álbum « Maps of the soul », seguindo-se o músico canadiano The Weeknd (« After hours ») e a cantora norte-americana Billie Eilish (« When we all fall asleep, where do we go? »).

O líder de audições em ‘streaming’ é The Weeknd, com o tema « Blinding lights ».

Na tabela dos dez álbuns mais vendidos, sete são de artistas asiáticos: BTS e Black Pink (ambos da Coreia do Sul), Kenshi Yonezu (Japão), Arashi (Japão) e King Gnu (Japão).

Os restantes são da norte-americana Taylor Swift, dos australianos AC/DC e do canadiano Justin Bieber.

 

Com Agência Lusa.

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