O português Rui Oliveira sagrou-se hoje campeão europeu de scratch nos Europeus de ciclismo de pista, a decorrerem em Grenchen, Suíça, somando a terceira medalha para Portugal na competição.
Oliveira, de 25 anos, sucede ao compatriota Iúri Leitão, que tinha conquistado o ouro em 2020, e somou a quarta medalha em Europeus de elite, depois de duas pratas e um bronze, ao cortar a meta bem à frente do pelotão, tendo somado uma volta de avanço quando faltavam 16 voltas.
Com a prata ficou o neerlandês Vincent Hoppezak, enquanto o irlandês Jb Murphy ficou no terceiro lugar da prova, já a uma volta de distância dos dois primeiros.
João Matias venceu a prata na eliminação e Iúri Leitão também foi ‘vice’ nos pontos, com Portugal a chegar a metade do pecúlio conseguido em todo o Europeu de 2020, quando conseguiu seis medalhas, duas de ouro, o scratch de Leitão e na perseguição individual por Ivo Oliveira.
No Velódromo Tissot, a postura ofensiva do ciclista natural de Vila Nova de Gaia fez a diferença ao longo da corrida, a começar pela volta de avanço conseguida a 16 voltas do final, mas depois por manter o ritmo alto, e bem distanciado na frente, em relação ao pelotão.
Numa corrida movimentada, que nem teve o ‘sprint’ final em grupo, o português e Hoppezak usaram a volta a mais para garantir a conquista de medalhas, e o maior estatuto do luso fez a diferença para uma vitória que fez parecer fácil.
O scratch é uma prova disputada em 60 voltas ao velódromo, um total de 15 quilómetros, decidida pela ordem de passagem na meta final, sem pontos intermédios, na qual conseguir uma volta de avanço (ou sofrer uma volta de avanço) pode ser decisivo, como foi o caso.
No omnium, em que foi sétima em Tóquio2020, Maria Martins acabou em 12º o concurso, com 60 pontos, longe do seu melhor, numa prestação penalizada pelo 19º e último lugar na terceira corrida, de eliminação, depois de estar em sexto após o scratch e a corrida tempo. Nos pontos, para terminar, fechou no 12º posto, após não somar mais pontos.
O primeiro ‘pistard’ português em ação foi João Matias, na qualificação da perseguição individual, acabando em 19º.
Com Agência Lusa.