O cancro representa a segunda causa de morte e morbilidade na Europa.
O número de novos casos de cancro deve aumentar 58% em 2035, à medida que mais países adotam estilos de vida « ocidentais », indica um relatório do Fundo Mundial para a Pesquisa do Cancro, hoje divulgado.
O documento junta recomendações sobre a prevenção do cancro baseadas em evidências, muitas delas relacionadas com o excesso de peso e os hábitos alimentares.
Segundo o documento, o excesso de peso ou a obesidade estão na origem de pelo menos 12 tipos de cancro, mais cinco do que o Fundo referia há uma década. Ao cancro do fígado, ovários, próstata, estômago, boca e garganta (boca, faringe e laringe) junta-se o cancro do intestino, mama, vesícula biliar, rins, esófago, pâncreas e útero.
Beber regularmente bebidas com açúcar aumenta o risco de cancro, mas ser fisicamente ativo pode ajudar a proteger contra três tipos de cancro (intestino, mama e útero) e ajuda a manter um peso saudável, refere-se no relatório, no qual se salienta a importância de uma dieta rica em legumes e frutas e pobre em carnes vermelhas e processadas.
E nele alerta-se ainda para que o consumo de álcool está fortemente ligado ao risco de contrair seis tipos de cancro (estômago, intestino, mama, fígado, boca e garganta e esófago).
Os autores do trabalho notam que estilos de vida sedentários e com uma alimentação rápida e processada estão a levar a « aumentos dramáticos » de casos de cancro em todo o mundo, e salientam que uma em cada seis mortes no mundo se deve ao cancro.
« À medida que mais países adotam estilos de vida ocidentais o número de novos casos de cancro deverá aumentar 58% para 24 milhões de pessoas no mundo em 2035 », diz-se no relatório.
Com o título « Dieta, Nutrição, Atividade Física e Cancro, uma Perspetiva Global », o documento providencia um pacote de comportamentos que sendo seguidos podem permitir uma vida mais saudável e menos probabilidade de cancro.
Com mais de 3,7 milhões de casos e 1,9 milhões de mortes por ano, o cancro representa a segunda causa de morte e morbilidade na Europa.
Alfa/Lusa