Secretário de Estado português assume publicamente ser casado com um homem

 

André Moz Caldas é Secretário de Estado e assume ser casado com um homem e quer combater preconceito. O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, assumiu numa entrevista que é homossexual e casado com um homem. O governante diz pretender, com esta revelação, que ele próprio tomou a liberdade de tornar pública, ajudar os jovens a sentirem-se mais livres para viver a sua orientação sexual abertamente.

« Sou o primeiro membro do Governo casado com uma pessoa do mesmo sexo », declarou à revista da Universidade de Lisboa « Ulisboa » e foi e ele  próprio a chamar à atenção para a sua recente entrevista, na passada sexta-feira, numa publicação na sua página do Facebook.

Eis o que ele disse exatamente o governamente sobre o assunto na entrevista à Ulisboa:

 » Não sei exatamente porque é que a homofobia existe. Acho que é um jugo do qual a sociedade se libertará, mas ainda há algum caminho para lá chegar. O que é que podemos fazer? As pessoas públicas viverem a sua homossexualidade com naturalidade.

Sou o primeiro membro do governo casado com uma pessoa do mesmo sexo e não faço disso especial alarde público, mas também não sinto que seja apenas um aspeto da minha vida pessoal. E espero que isso possa significar, para os jovens portugueses, que não estão condenados a um ostracismo.

Se houver um jovem que, pelo meu exemplo, se possa sentir mais livre para viver a sua orientação sexual abertamente, eu ficaria muito feliz. Nunca me senti vitimizado em razão da minha orientação sexual, mas tenho consciência de que, sendo de Lisboa e de um contexto social e familiar progressista, a minha experiência não se compara com a de outras pessoas homossexuais.

Não nos podemos permitir vitimizar-nos, e devemos desarmar os nossos adversários vivendo abertamente a sexualidade. Ninguém me pode aviltar em função da minha orientação sexual, porque não o admito.

Se alguém me aviltar, não me posso sentir diminuído – sinto, pelo contrário, que o outro é diminuído. Enquanto sociedade, temos de perceber que existe diversidade e que as pessoas não são diminuídas por integrarem uma minoria, de índole sexual ou outra. E quem pertence a uma minoria tem de ter uma grande energia para se dar permanentemente ao respeito. »

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