« Também tomei a vacina AstraZeneca ». António Costa pede calma

“Estou convosco, também tomei a vacina AstraZeneca. Anseio pela segunda dose”. PM Costa pede calma.

Numa curta declaração aos jornalistas, o primeiro-ministro insistiu que se trata de uma suspensão “meramente preventiva” e que até ao final da semana é esperada uma decisão definitiva. “A minha convicção é que tudo se vai esclarecer”.

Em causa está a suspensão temporária da vacina da AstraZeneca, anunciada há menos de 24 horas em Portugal e há mais de dois dias por diversos países europeus.

O primeiro-ministro apelou à calma, relembrando que ele próprio foi vacinado com a vacina da farmacêutica britânica.

“Toda a evidência científica demonstra que a vacina é segura e efetiva. Digo isto com a tranquilidade de eu estar a ser vacinado com a vacina da AstraZeneca. Já tomei a minha primeira dose e aguardo a segunda em maio”, começou por dizer. “Espero que tudo se esclareça e a minha convicção é que tudo se vai esclarecer. A informação científica disponível mostra isso e os Governos, designadamente o nosso, tomaram uma decisão preventiva”, continuou.

O primeiro-ministro considerou ser importante que “as pessoas compreendam o que está a acontecer”: “as suspensões são meramente provisórias e ainda hoje [terça-feira] a Organização Mundial da Saúde está a discutir os dados conhecidos, a Agência Europeia do Medicamento vai pronunciar-se até ao final da semana”. E com base neste calendário que António Costa diz acreditar que até ao fim da semana deve haver uma decisão definitiva.

“Faz sentido suspendermos por três ou quatro dias para que o processo possa depois decorrer”, defendeu, apelando à calma dos que já foram vacinados e à paciência daqueles que agora têm o processo de vacinação atrasado por umas semanas.

Esta segunda-feira, a Direção-geral da Saúde anunciou que iria parar temporariamente de usar a vacina da AstraZeneca. De acordo com o presidente do Infarmed, em conferência de imprensa, a “interrupção temporária” da administração desta vacina foi recomendada pela Direção-Geral da Saúde e a Autoridade Nacional do Medicamento, « tendo por base o princípio da precaução em saúde pública”, na sequência da descoberta de “novos casos de reações adversas graves em vários países europeus” após a toma da referida vacina.

Uma das consequências é também a interrupção temporária da vacinação do pessoal docente e não docente, cujo processo deveria arrancar este fim de semana.

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