TAP: PSD acusa Pedro Nuno Santos de gerir “com ligeireza a coisa pública” e exige explicações
O PSD exigiu hoje explicações ao secretário-geral do PS, considerando que a contestação da TAP à ação judicial da ex-presidente da empresa comprova que Pedro Nuno Santos gere “com ligeireza a coisa pública”.
“A leveza e a informalidade são uma marca inseparável de Pedro Nuno Santos. O Partido Socialista pode tentar pintá-lo como um fazedor, mas invariavelmente as suas ações acabam em recuos, em faturas pesadas para todos os contribuintes ou, como aqui, em processos judiciais”, afirmou o vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz.
Em conferência de imprensa na sede nacional do PSD, o dirigente do partido disse ter lido “com espanto” a contestação da TAP à ação movida pela ex-presidente executiva (CEO) em que uma das alegações é que Christine Ourmières-Widener « nunca foi trabalhadora da companhia ».
“A ex-CEO da TAP foi-nos apresentada por Pedro Nuno Santos, como uma grande contratação, como alguém com imensa experiência no setor da aviação e que iria revolucionar a gestão da companhia”, salientou, referindo-se à qualidade de ministro das Infraestruturas que tinha então o atual secretário-geral do PS.
Para o ‘vice’ do PSD, esta contestação significa que “a TAP, e consequentemente o Estado, assumem que Pedro Nuno Santos permitiu que a companhia fosse gerida por um CEO em situação ilegal”.
“A TAP e consequentemente o Estado, alegam que Christine Widener auferia um salário superior ao legalmente permitido, mas todos os meses esta verba foi paga e a tutela estatal, Pedro Nuno Santos, nada fez”, criticou.
Além de “exigir explicações” ao líder do PS durante esta fase de pré-campanha, uma vez que o parlamento já se encontra dissolvido, Miguel Pinto Luz disse que o PSD pretende “desmascarar a imagem de fazedor” que o PS procura dar do seu secretário-geral.
“Ele de facto faz, mas invariavelmente a seguir recua, a seguir temos erros, temos processos judiciais, temos ligeireza na gestão da coisa pública. Nós faremos diferente à frente dos destinos do país”, assegurou, relacionando este tema com “a moral e a ética do Estado”.
Alfa/ com Lusa