The Black Mamba voltam aos discos com « The Mamba King », editado a 19 de outubro

“The Mamba King”, o terceiro disco dos portugueses The Black Mamba, com a mesma “‘vibe’, meio ‘old school’, ‘blues’ e ‘soul’” dos trabalhos anteriores, mas revestida “com uma roupagem mais atual”, é editado a 19 de outubro.

Foto: TIAGO PETINGA

De acordo com o vocalista e guitarrista dos The Black Mamba, Pedro Tatanka, em declarações à Lusa, na criação do sucessor de “Dirty Little Brother” (2014) e de “The Black Mamba” (2012), a banda tentou “modernizar um bocadinho”.

“Uma coisa que rompe um bocadinho com o que fizemos nos discos passados é a estética que estamos a usar ao nível da produção. Tentámos modernizar um bocadinho usando a nossa ‘vibe’, que é meio ‘old school’, meio soul, meio ‘blues’, 70’s, 60’s, e revesti-la com uma roupagem mais atual”, explicou.

Para Pedro Tatanka, essa é “a grande novidade” que quem acompanha a banda, e conhece os dois primeiros álbuns, vai encontrar ao ouvir o novo disco.

Em relação aos temas abordados nas letras, há “algumas semelhanças”. “Tirando uma ou outra música, como a ‘Believe’, que tem alguma consciência social, os textos e as letras são baseados muito nas mesmas coisas, no Amor”, disse.

Apesar de só ser editado agora, “The Mamba King” começou a ser trabalhado há quatro anos, mal “Dirty Little Brother” ficou pronto.

“Depois de editarmos o outro disco, em 2014, começámos logo a trabalhar, mas assim num processo meio lento”, contou, revelando que algumas das nove canções que compõem o novo trabalho estão a ser tocadas ao vivo desde 2016.

Para o músico “é sempre bom” ir testando os temas ao vivo, ir “aprimorando”, para quando a banda entra em estúdio “ter uma ideia mais concreta do que pode fazer com as canções”.

Neste álbum, ao contrário dos dois anteriores, os temas são todos cantados em inglês. “Tínhamos, nos dois primeiros álbuns, músicas completamente em português, que continuamos a tocar ao vivo, gostamos de deixar homenagem à nossa língua. Neste não temos, e prende-se um bocado com a minha carreira a solo, em que uma das principais diferenças é a língua. Vou deixar o português para a carreira a solo”, afirmou.

Outra coisa que mudou em relação ao disco anterior, é que neste os The Black Mamba são uma dupla e não um trio. Além de Pedro Tatanka, a banda conta com Miguel Casais, na bateria. “Mas não nos consideramos só dois, na verdade somos para aí uns 15”, referiu o músico, lembrando os vários “amigos e colaboradores” que os acompanham ao vivo e na gravação dos discos.

No início deste ano, encheram os Coliseus de Lisboa e do Porto.

“Foi assim até meio uma loucura termo-nos mandado para os coliseus, tendo nós a dimensão que tínhamos à data. Ter os coliseus cheios foi realmente uma afirmação muito grande para a banda, um ‘statement’ muito grande para nós e também do público para connosco. Sendo nós uma banda que não é propriamente ‘mainstream’, mas também não é alternativa”, disse.

Quanto a um possível regresso aos Coliseus, Pedro Tatanka lembra que “ninguém sabe o que vem a seguir”.

“Não conseguimos prever o futuro, mas temos vontade de fazer mais coliseus. Não sei se é prematuro afirmar que os vamos fazer, mas é uma vontade que temos. Provavelmente para o fim do ano que vem”, partilhou.

A digressão de “The Mamba King” está programa para o verão do ano que vem, mas, entretanto, a banda conta apresentá-lo ao vivo em concertos pontuais.

E o que se pode esperar de um concerto dos The Black Mamba? “É meio difícil avaliar aquilo que fazemos, mas, se conseguir pôr-me um bocadinho de fora e olhar, imaginar-me a ver um concerto, temos um cuidado muito grande com a parte musical, com os conteúdos que passamos, com aquilo que queremos passar, e normalmente um concerto nosso é muito bem arranjado, muito bem trabalhado, é musicalmente muito forte”, descreveu.

Além disso, é “muito intenso, ao nível das emoções e é bastante honesto”. “Toda a gente que faz parte tem uma paixão muito grande, não só pela música, mas igualmente pelo projeto em si, pelas canções”, referiu.

Esta “honestidade e paixão muito grande” que a banda passa ao vivo é, para o seu vocalista, o “ponto forte” do projeto. “E acho que é isso que agarra muita gente que nos apanha naquelas festas e nos festivais onde as pessoas não estão lá propriamente para te ver. Acho que temos conseguido fidelizar muita gente com essa entrega, com este trabalho todo, com esta dedicação e com esta devoção que nós temos, tanto com o público como com a música”, rematou.

Alfa/Lusa

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