Treinador Roger Schmidt deixa o comando do Benfica

Benfica's head coach Roger Schmidt reacts during their Portuguese First League soccer match with Moreirense held at Joaquim de Almeida Freitas stadium, in Moreira de Conegos, Portugal, 30 August 2024. FERNANDO VELUDO/LUSA

O treinador alemão Roger Schmidt deixou o comando do Benfica, com o qual tinha contrato até 2026, na sequência do empate com o Moreirense, na I Liga de futebol, anunciou hoje o presidente do clube, Rui Costa.

“Roger Schmidt já não é treinador do Benfica. Chegados ao fim de quatro jornadas, decidimos que era o momento de trocar de treinador, face aos resultados e às exibições que não conseguimos obter e que ambicionávamos nesta altura », disse Rui Costa, em conferência de imprensa, no centro de estágios do clube, no Seixal.

Na sexta-feira, as ‘águias’ empataram 1-1 em Moreira de Cónegos, na abertura da quarta jornada da I Liga, depois de terem perdido na estreia com o Famalicão (2-0) e, pelo meio, vencerem Casa Pia (3-0) e Estrela da Amadora (1-0), ambos em casa.

Após o encontro – e mesmo ao intervalo – a contestação dos adeptos benfiquistas presentes no estádio do Moreirense subiu consideravelmente de tom, com pedidos de « demissão », dirigidos ao presidente Rui Costa e ao treinador alemão, que, de resto, abandonou o relvado diretamente para os balneários assim que soou o apito final.

Schmidt, de 57 anos, chegou ao Benfica no início da época 2022/23, para render Nélson Veríssimo – que tinha substituído Jorge Jesus a meio de 2021/22 -, tendo acabado com o hiato de troféus dos ‘encarnados’ nesse mesmo exercício.

Sem erguer qualquer troféu desde a Supertaça de 2019, as ‘águias’ sagraram-se campeãs nacionais pela 38.ª vez, sob o comando do técnico germânico, além de terem conquistado a Supertaça, perante o FC Porto, poucos meses depois.

A campanha na Liga dos Campeões em 2022/23, em que o Benfica venceu um grupo com Paris Saint-Germain e Juventus, antes de atingir os quartos de final, em que foi eliminado pelo Inter Milão, reforçou ainda mais o estatuto de Schmidt entre as hostes benfiquistas.

De tal forma que o treinador, que inicialmente tinha assinado por duas temporadas com o clube, acabou por renovar a ligação por mais dois anos, até 2026, quando ainda nem estava concluída a primeira época ao serviço do emblema lisboeta.

Contudo, apesar da conquista da Supertaça, a temporada passada ficou muito aquém do expectável, desde logo com a quebra considerável na qualidade do futebol praticado pela equipa, aliada aos resultados na Liga dos Campeões, em que o Benfica caiu na fase de grupos (com quatro derrotas, uma vitória e um empate) e foi relegado para a Liga Europa, sendo eliminado nessa competição nos ‘quartos’, face ao Marselha.

Na anterior edição da I Liga, em que somaram 25 vitórias, cinco empates e quatro derrotas, as ‘águias’ terminaram em segundo lugar, a 10 pontos do campeão Sporting, tendo ainda sido eliminadas nas meias-finais da Taça de Portugal, pelo rival lisboeta, e da Taça da Liga, pelo Estoril Praia. Pelo meio, sofreram uma das mais pesadas derrotas dos últimos anos, em casa de outro rival, o FC Porto, por 5-0, em março.

Nesta nova temporada, o nível exibicional da equipa não registou qualquer evolução e a contestação ao treinador ganhou contornos ainda maiores, particularmente após o encontro com o Moreirense, que ditou o ponto final na ligação de Schmidt ao Benfica.

 

Com Agência Lusa.

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