Tumultos urbanos/Lisboa. PR Marcelo faz apelo nas televisões para que se evite escalada de violência

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, discursa durante a sua mensagem de Ano Novo, na Sala das Bicas do Palácio de Belém, em Lisboa, 01 de janeiro de 2024. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Em entrevistas às TV portuguesas, PR Marcelo fez apelo para que se evite escalada da violência em Lisboa que se verifica desde há três dias.

 

O Presidente da República falou hoje, 4ªfeira, em direto para vários canais de televisão apelando que se evite uma escalada de violência na Área Metropolitana de Lisboa e se procure soluções pela via pacífica.

« A minha preocupação é esta: é a de que se crie ou se fomente ou se alimente um clima de subida de violência, verbal, naquilo que se diz, nas iniciativas que se toma, e isso tem um custo enorme para a maioria esmagadora dos portugueses, e neste caso para a maioria esmagadora daqueles que vivem aqui nesta área », disse à SIC.

O chefe de Estado acrescentou que « é evidente que há situações mais críticas e momentos mais críticos, e do que se trata é de enfrentá-los encontrando soluções, e nunca é uma solução o fomento da violência, nomeadamente da violência física » e insistiu para que « se resista à tentação da violência ».

O Presidente da República falou também à RTP e à TVI/CNN Portugal, repetindo este apelo, depois de ter divulgado uma nota escrita por causa dos distúrbios registados na Grande Lisboa, na sequência da morte de um cidadão de 43 anos, Odair Moniz, baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, na Amadora.

Nessa nota escrita, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que acompanha atentamente os acontecimentos na Grande Lisboa, em contacto com o Governo e com autarcas, e defendeu a importância da segurança e da ordem pública, no respeito pelos princípios do Estado de direito democrático.

À RTP, o chefe de Estado começou por afirmar que « não há democracia sem segurança e ordem pública e, portanto, sem o papel das forças de segurança – não são as únicas, mas são fundamentais », e que « devem atuar sempre no respeito pelos princípios do Estado de direito democrático ».

« A meu ver, a sociedade portuguesa é muito diferente de outras sociedades em vários aspetos e uma das diferenças é que de facto noutras sociedades isto tem acontecido, e tem acontecido por razões demográficas, pelo peso que têm as várias comunidades e o equilíbrio entre as várias comunidades, que não existe na sociedade portuguesa », acrescentou, na SIC.

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