UE/Agricultores: Governo aprova apoio de 320 ME para atenuar efeito da seca e inflação

Manifestantes participam numa marcha lenta de protesto, organizada pelo Movimento Agricultores do Norte, que está a bloquear os acessos à cidade no sentido Sul/Norte, em direção a Espanha, esta manhã em Valença, Viana do Castelo, 06 de fevereiro de 2024. Os manifestantes apresentam-se como um “movimento cívico com a representação de agricultores, empresários agrícolas e cidadãos, com o objetivo de sensibilizar a sociedade e o poder político para o atual panorama dramático do setor agrícola no Norte de Portugal”. HUGO DELGADO/LUSA

O Conselho de Ministros aprovou hoje uma resolução com 320 milhões de euros de apoio para o setor agrícola, destinado a atenuar o impacto da seca e da inflação dos custos de produção.

“Foi ainda aprovada a resolução que institui apoios no montante de 320 milhões de euros para o setor agrícola, destinado a atenuar os efeitos suportados pelo setor em sequência da situação de seca e da inflação dos custos de produção”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

O Governo também aprovou hoje mais 2,2 milhões de euros para as entidades gestoras e aproveitamentos hidroagrícolas da região do Algarve, tendo em vista “assegurar níveis mínimos de manutenção e exploração das infraestruturas públicas”.

Os agricultores portugueses têm vindo a sair à rua desde a semana passada, em ações organizadas por um movimento que se afirma espontâneo.

Estes protestos condicionaram centenas de vias de norte a sul, com tratores parados ou em marcha lenta.

O Governo anunciou um pacote de apoio, com mais de 400 milhões de euros de dotação, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), que não travou as manifestações.

Os agricultores, que reclamam a flexibilização da PAC – Política Agrícola Comum, condições justas de trabalho e de concorrência, direito à alimentação adequada e a valorização da atividade, decidiram manter os protestos agendados, justificando que os apoios são “uma mão cheia de nada”, tendo em conta que não são definidos prazos ou formas de pagamento.

Desde então, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, tem vindo a reunir-se com associações e confederações representativas do setor.

 

Com Agência Lusa.

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