Vacinação obrigatória em discussão na UE. PR Marcelo diz que medida não está na ordem do dia em Portugal. 

Alfa/ com Lusa e jornais 

Presidente Marcelo Rebelo de Sousa diz que vacinação obrigatória, ponderada por diversos países, não está na ordem do dia em Portugal. 

O Presidente da República declarou ainda esperar um Natal tranquilo e apelou à vacinação. « Um Natal de abertura, mas de bom senso », pediu.

Na Europa a vacinação obrigatória está em debate. A Presidente da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, admitiu a discussão sobre a vacinação obrigatória na UE.

« Isto precisa de uma abordagem comum, mas é uma discussão que eu penso que tem de ser conduzida », insistiu Ursula von der Leyen, aludindo ao « enorme custo para a saúde » da covid-19.

Ontem, dia 02, o Presidente da República afirmou que a vacinação obrigatória contra a covid-19, ponderada por diversos países, « não é um tema na ordem do dia em Portugal », que deve é prosseguir a « vacinação espontânea, voluntária e massiva ».

Marcelo Rebelo de Sousa revelou, em Estrasburgo, onde esteve na cerimónia de homenagem a Giscard d’Estaing, no Parlamento Europeu, ter escutado mesmo elogios ao exemplo da campanha de vacinação de Portugal de várias personalidades políticas europeias.

« Ainda há pouco tive um encontro bilateral com o Presidente alemão [Frank-Walter] Steinmeier e ele elogiava o exemplo de Portugal, agora com o Presidente do Parlamento Europeu [David] Sassoli e elogiava Portugal, a Presidente grega elogiava Portugal, o Presidente da Eslovénia elogiava Portugal, o Presidente búlgaro elogiava Portugal, o Presidente [francês Emmanuel] Macron elogiava Portugal. Porquê? Porque nós estamos no topo da vacinação. Começámos mais cedo, estamos no topo e queremos mais. E eles próprios sentem que precisam de mais e estão a ter dificuldade nos seus países que felizmente nós não temos », reforçou.

Questionado sobre que Natal podem os portugueses esperar este ano, retorquiu que terão « aquele que quiserem », se continuarem a vacinar-se e a cumprir as regras sanitárias.

« Isto é, eles estão a querer, e bem, vacinar-se. E se continuarem a querer vacinar-se, se aderirem, como têm aderido, à vacinação, e se, ao mesmo tempo, respeitarem as regras sanitárias, terão um Natal que é simultaneamente de abertura, mas de bom senso. E é este equilíbrio que é fundamental », declarou.

Por fim, comentando a nova variante Ómicron, o Presidente da República apontou que é necessário aguardar um pouco mais para recolher a informação necessária e atuar em conformidade.

« É muito simples: neste momento espera-se, e faltam 15 dias, para se se saber os estudos efetuados laboratorialmente, e manda o bom senso que se espere por esses estudos para saber o que se há de fazer. Mas até lá vamos confiar naquilo que dizem os especialistas sul-africanos, que lidaram com a realidade », e segundo os quais « há um contágio mais intenso, mas não uma letalidade, uma mortalidade maior ».

« Vamos esperar pelos estudos », concluiu.

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