11 de setembro de 2001: O ataque às Torres Gémeas já foi há 18 anos

Chamam-lhe o primeiro dia do século XXI porque foi um ataque ao coração da América com armas nunca usadas. Era uma manhã de terça-feira normal, na cidade que nunca dorme, até que um primeiro avião embateu numa das torres do World Trade Center.

 

 

O dia em que a América tremeu começou por ser uma terça-feira normal na cidade que nunca dorme. Mas eis que o choque de dois Boeing 767-200ER contra um dos edifícios mais emblemáticos de Nova Iorque haveria de mudar a história para sempre.

Passavam 46 minutos das oito da manhã quando um primeiro avião colidiu com a torre norte do World Trade Center, um complexo de sete edifícios inaugurado em abril de 1973, cujas torres – conhecidas como Torres Gémeas – eram os prédios mais altos do mundo. Eram o voo 11 da American Airlines, que tinha deixado o aeroporto de Boston às 7h59, rumo a Los Angeles (LA). Lá dentro seguiam a tripulação de 11 membros, com 76 passageiros a bordo, cinco dos quais se revelariam os sequestradores. E assim começava o dia mais longo da história dos EUA e o mais fatal atentado terrrorista de sempre no planeta.

Até aos três minutos depois das nove da manhã, ainda se pensou que poderia ser apenas uma pequena avioneta a despenhar-se. Eis que um segundo aparelho se faz explodir contra a torres sul. Era voo 175 da United Airlines, que também tinha saido de Boston em direção a LA. Aí o país e o mundo, de olhos e coração colados ao ecrã, não tiveram mais dúvidas de que aquilo era uma marca, até então nunca vista, de terrorismo à mais alta escala.

Não faltaram momentos de absoluto desespero. Antes de mais, o homem em queda ou the falling man – como ficaria conhecido o homem apanhado na objetiva de Richard Drew, fotógrafo da Associated Press, em queda livre junto ao edifício e que se tornaria símbolo das cerca de 200 pessoas que, ao saberem que estavam presas nos edíficios, optaram por saltar. As equipas de resgate e salvamento só pararam quando caíram no chão de esgotamento. O ar de incredulidade, primeiro, e pânico, depois, na expressão de quem passava haveria de se transformar, em muitos casos, em choro convulsivo.

O dia ficou ainda marcado pela expressão de incerteza e descrença inicial com que ficou George W. Bush, um republicano então presidente dos EUA, ao ser informado de que as Torres Gémeas estavam a ser atacadas. O presidente estava no primeiro ano de mandato e encontrava-se de visita a uma escola da Florida quando o chefe de gabinete Andy Card lhe disse ao ouvido que um segundo avião chocara contra uma das torres.

 

 

Se na altura Bush continuou sentado, deixando as crianças terminar o livro que estavam a ler, depressa reagiu às informações que davam conta da ligação à Al-Qaeda, uma organização fundamentalista islâmica, fundada em agosto de 1988 por Osama Bin Laden, e que visava disputar o poder no Médio Oriente.

Começou por fechar o espaço aéreo americano – obrigando centenas de aviões a voltar para trás ou a aterrar nos aeroportos mais próximos da zona onde estavam. Só Gander, na Terra Nova, onde diariamente não chegavam pouco mais de meia dúzia de aviões, recebeu, naquele dia, mais de 200. E pouco depois, a 7 de outubro, anunciaria o início da guerra ao terrorismo e a invasão do Afeganistão.

Já o local em que as torres se desfizeram em pó haveria de ganhar um novo rosto depois de, em agosto de 2006, a World Trade Center Memorial Foundation e a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey terem começado a construção de um memorial – inaugurado a 11 de setembro de 2011.

 

 

Alfa/Revista Visão.

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