1,4 milhões de pessoas da UE vão morrer de cancro em 2019, dizem cientistas

Porto 20/12/2016 - O IPO todos os dia trata doentes com cancro no Hospital de dia, administrando medicamentos e regulando o estado dos doentes. (Rui Oliveira / Global Imagens)

Cientistas estimam que 1,4 milhões de pessoas da União Europeia vão morrer de cancro em 2019, o que representa um aumento de 4,8% face a 2014, segundo um estudo divulgado esta segunda-feira.

De acordo com o estudo, publicado na revista académica Annals of Oncology, o cancro do pulmão será o mais mortífero, prevendo os investigadores que cause a morte de 280 mil pessoas (183.200 homens e 96.800 mulheres).

A equipa liderada por Carlo La Vecchia, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Milão, em Itália, estima também que 360 mil mortes por cancro serão evitadas este ano.

Para fazer as suas estimativas, o grupo baseou-se nas taxas de mortalidade por cancro registadas na União Europeia, como um todo, e nos seis maiores países (França, Alemanha, Itália, Polónia, Espanha e Reino Unido). Nestes seis países, os investigadores verificaram a taxa de mortalidade para todos os cancros e para dez cancros específicos (estômago, intestino, pâncreas, pulmão, mama, útero, ovário, próstata, bexiga e leucemias).

Foram igualmente recolhidos dados da Organização Mundial de Saúde de 1970 a 2014.

O ano de 2019 é o nono ano consecutivo para o qual a equipa científica estabeleceu estimativas sobre a morte por cancro na União Europeia.

Nas mulheres, o cancro da mama, o segundo mais mortífero depois do pulmão, irá provocar mais 800 mortes comparativamente a 2014 (92.800 no total), anteveem os autores do estudo, apontando este aumento como consequência do envelhecimento da população.

Alfa/JN

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