Ciclone. Possivelmente mil mortos em Moçambique. Secretário de Estado das Comunidades no país

Secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, viaja nesta terça-feira para Moçambique.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas viaja na terça-feira para o centro de Moçambique, devastado pelo ciclone Idai. O chefe de Estado moçambicano, Luís Filipe Nyusi, indicou que ele poderá ter causado a morte a mil pessoas. A zona centro do país foi muito atingida, designadamente a cidade da Beira, que ficou quase totalmente destruída.

Fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, disse à Lusa que o governante estará a partir de quarta-feira na cidade da Beira, onde se encontra desde domingo uma equipa avançada da embaixada de Portugal em Maputo, para fazer um levantamento das necessidades dos cidadãos portugueses.

Na região da Beira, a mais afetada na província de Sofala, o número de portugueses residentes registados no Consulado de Portugal na capital da província de Sofala aproxima-se dos 2.500 portugueses.

O membro do Governo vai contactar com a comunidade portuguesa e as autoridades moçambicanas.

Mais de 1,5 milhões de pessoas foram afetadas em Moçambique, Maláui e Zimbabué pela passagem do ciclone Idai, que provocou ainda, pelo menos, 222 mortos, de acordo com estimativas dos governos destes países.

Em Moçambique, o Presidente da República, Filipe Nyusi, disse esta segunda-feira que o número de mortes devido ao ciclone Idai poderá ultrapassar os mil, estando confirmados atualmente 84.

O ciclone, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora atingiu a Beira, a quarta maior cidade de Moçambique, na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes sem energia e linhas de comunicação.

No Maláui, as estimativas do Governo apontam para que tenham sido afetadas mais de 920 mil pessoas nos 14 distritos afetados, incluindo 460 mil crianças. Há registos de pelo menos 56 mortos e 577 feridos.

No Zimbabué, as estimativas iniciais das autoridades apontavam para cerca de 1.600 casas e oito mil pessoas afetadas no distrito de Chimanimani, em Manicaland, com registo 82 mortes e 217 pessoas desaparecidas.

Em Moçambique e nestes outros dois países vive-se neste momento uma catástrofe humanitária.

Alfa, com Lusa e outras fontes

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