Portugal. OE2025: Ministro das Finanças entregou no parlamento a proposta do Governo

The Minister of State and Finance Joaquim Miranda Sarmento (C) accompanied by the Minister for Parliamentary Affairs Pedro Duarte (L) delivers the 2025 state budget to the President of the Portuguese Parliament Jose Pedro Aguiar-Branco (R), at the Portuguese Parliament in Lisbon, Portugal, 10 October 2024. ANTONIO COTRIM/LUSA

OE2025: Ministro das Finanças entregou no parlamento a proposta do Governo – despacho da agência Lusa

O ministro de Estado e das Finanças entregou hoje ao presidente da Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2025, a primeira do Governo minoritário PSD/CDS, liderado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Joaquim Miranda Sarmento chegou ao parlamento pelas 14:44, acompanhado pela sua equipa de secretários de Estado do Ministério das Finanças e pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, e foi logo a seguir recebido por José Pedro Aguiar-Branco.

Ainda esta tarde, o ministro de Estado e das Finanças apresentará em conferência de imprensa a proposta de Orçamento para o próximo ano. Uma proposta que ainda não tem assegurada a sua viabilização na generalidade – votação está marcada para o próximo dia 31.

Se a proposta de Orçamento do Governo PSD/CDS for viabilizada na generalidade com a abstenção do PS ou, em alternativa, com os votos favoráveis do Chega, será então apreciada na especialidade no parlamento entre 22 e 29 de novembro. A votação final global do Orçamento está prevista para 29 de novembro.

No plano político, o primeiro-ministro assumiu que fechou a proposta de Orçamento sem ter ainda um acordo com o PS que lhe garanta a sua aprovação no parlamento. Luís Montenegro declarou que, ao contrário do que exige o PS, o seu Governo não abdica de descer o IRC em um ponto percentual em 2025 (de 21 para 20%) e de manter esta trajetória de redução até ao final da legislatura, até atingir os 17%.

Apesar de não ter qualquer garantia da parte do PS, Luís Montenegro também se manifestou convicto de que a proposta orçamental será viabilizada e afastou qualquer negociação do Chega, considerando este partido que tem comportado “como um cata-vento”.

Pela parte do PS, após uma reunião do seu Grupo Parlamentar na terça-feira à noite – marcada por posições distintas sobre a viabilização ou não do Orçamento -, ficou acertado que se irá aguardar pela entrega da proposta no parlamento (hoje). E só após análise ao documento se decidirá qual o sentido de voto do PS.

No plano financeiro, o Governo estima que a economia cresça 2% este ano e em 2025, prevendo um excedente orçamental de 0,3% em 2024. Já para o próximo ano, a previsão de excedente é também de 0,3% do PIB (Produto Interno Bruto).

A proposta de Orçamento vai contemplar “a atualização dos escalões do IRS, do IMT e dos impostos especiais sobre o consumo, e prorrogará contribuições extraordinárias, caso da energia, da banca, das farmacêuticas, entre outras.

Como resultado das negociações com o PS, o Governo assegura uma redução anual da tributação autónoma sobre os veículos, em sede de IRC e IRS, durante os próximos quatro anos, atingindo uma redução de 20% em 2028.

O Governo também aceitou a proposta do PS de reforçar o incentivo à valorização salarial, através de uma majoração, em sede de IRC, de 50% dos encargos correspondentes a aumentos salariais de, pelo menos, 4,7%, e medidas de incentivo à capitalização das empresas.

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