Operação Triângulo. Carlos de Matos diz que « nada fez de ilegal, irregular ou condenável »

“Operação Triângulo”. Carlos de Matos presidente do grupo Saint Germain – Empreendimentos Imobiliários, SA, reclama inocência e exprime revolta num comunicado divulgado por uma consultora em comunicação. 

O comunicado na íntegra:

“Não pagámos subornos a ninguém nem planeámos pagar, não precisamos disso nem é essa a nossa forma de agir”, garante Carlos de Matos, presidente do conselho de administração da empresa Saint Germain – Empreendimentos Imobiliários, SA, que foi envolvido na chamada “Operação Triângulo”, desencadeada pela PJ após alegadas denúncias relativas à gestão da presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António.

O responsável desmente designadamente notícias publicadas hoje que lhe atribuem afirmações que alegadamente teria proferido no interrogatório a que foi sujeito em Évora e que apontam para que tenha feito pagamentos neste processo, o que não corresponde à verdade: “O único pagamento que efetuámos foi à Câmara, o que foi contratado, correspondente a 50% do valor do terreno, que antes foi objeto de duas hastas públicas que ficaram desertas”.

O líder da empresa sediada em Leiria e do Groupe Saint Germain, que opera há 26 anos na região de Paris, onde foi fundado, exprime ainda a sua revolta por ter estado dois dias detido para ser ouvido por um Juiz, quando nada fez de ilegal, irregular ou condenável. “Ao longo de 26 anos de operação na região de Paris desenvolvemos várias dezenas de empreendimentos, no valor de milhares de milhões de euros, lidando com dezenas de municípios e autarcas, e nunca estivemos envolvidos ou fomos suspeitos ou acusados de quaisquer irregularidades ou ilegalidades”, exclama Carlos de Matos.

O empresário lamenta que ele próprio e a empresa que fundou e dirige tenham sido envolvidos neste processo, quando foram gravemente lesados pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António no negócio que está em causa e que se preparavam para reverter, por considerarem que a autarquia não estava a cumprir o contratado.

“É inaceitável que tenha sido detido, ainda que apenas para ser ouvido por um Juiz, sem que em momento prévio me tenha sido dada a oportunidade de me defender e de colaborar com a investigação“, lamenta o empresário, que explica que há cerca de oito anos criou em Leiria a Saint Germain – Empreendimentos Imobiliários SA, empresa de direito português do Groupe Saint Germain, para pagar impostos e contribuir para o desenvolvimento do seu concelho natal.

O Groupe Saint Germain, que deu origem à Saint Germain – Empreendimentos Imobiliários SA, foi fundado em Paris em 1995 por Carlos de Matos e dedica-se à promoção imobiliária, tendo atuado nos segmentos da habitação, comércio e saúde (clínicas especializadas em Alzheimer), tendo vindo a recuperar edifícios históricos na zona de Paris, além de inúmeros empreendimentos construídos de raiz. O Grupo não tem ainda concluído nenhum investimento em Portugal, tendo em carteira dois
projectos, um deles este em Monte Gordo. »

O comunicado é assinado por  António José Laranjeira, Midlandcom − Consultores em Comunicação.

Este caso envolve outros arguidos designadamente a Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António. Saiba mais sobre este caso em investigação em Portugal, por alegada corrupção, aqui:

Conhecido empresário português em França, envolvido na Operação Triângulo, em Monte Gordo, Algarve

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