Milhares de migrantes esperados na peregrinação de agosto que começa hoje em Fátima
As celebrações integram a peregrinação do migrante e do refugiado, no âmbito da 50.ª Semana Nacional de Migrações, que começou na segunda-feira e termina no domingo, sob o tema “Construir o futuro com migrantes e refugiados”. Este é o título da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que se assinala em 25 de setembro.
A Semana Nacional de Migrações é uma iniciativa da Obra Católica Portuguesa de Migrações, organismo da Conferência Episcopal Portuguesa que em 2022 faz 60 anos.
A peregrinação começa às 21:30 com a recitação do terço, seguindo-se a procissão das velas e a celebração da palavra.
No sábado, às 09:00, é recitado o terço, realizando-se, uma hora mais tarde, a missa, que inclui uma palavra dirigida aos doentes. As celebrações terminam com a procissão do adeus.
Na peregrinação, é retomada a vigília de oração animada pelos secretariados diocesanos de migrações, comunidades católicas da diáspora e capelania nacional ucraniana, informou o Santuário de Fátima.
A peregrinação inclui, ainda, no sábado, a tradicional oferta de trigo, ação que se repete pela 82.ª vez, iniciada por um grupo de jovens da Juventude Agrária Católica, de 17 paróquias da Diocese de Leiria, que em 1940 ofereceu 30 alqueires de trigo, destinados ao fabrico de hóstias para consumo no Santuário de Fátima.
“Desde aquele ano, os peregrinos, já não só de Leiria, mas também de outras dioceses do país, e até do estrangeiro, têm vindo a dar continuidade, ano após ano, a este ofertório”, referiu o santuário.
Segundo dados do templo mariano, no ano passado, “consumiram-se, nas celebrações, 569.960 partículas, 820 hóstias médias, 60 hóstias grandes e 45 partículas para celíacos”.
Para esta peregrinação, estavam inscritos, na quarta-feira, três grupos da Polónia, dois grupos de Portugal e outros dois da Alemanha e de Espanha, além de peregrinos da Áustria, Bélgica, França, Irlanda, Israel, Itália e Vietname, com um grupo cada.
O bispo de Fall River, no estado norte-americano de Massachussets, é natural de Nova Fátima, no estado brasileiro da Bahia, e foi o primeiro prelado dos Estados Unidos nascido no Brasil.
“Neste momento preside a uma das mais importantes e significativas comunidades portuguesas dos Estados Unidos, onde reside uma numerosa comunidade açoriana”, adiantou o Santuário de Fátima.
Edgar Moreira da Cunha, nascido em 1953, foi ordenado padre em 27 de março de 1982, na Igreja de São Miguel, em Newark, no estado norte-americano de New Jersey, onde também reside uma importante comunidade portuguesa, sobretudo do norte e centro de Portugal continental, acrescentou o santuário.