Afinal, José Sócrates vai a julgamento por corrupção. No total é acusado de 22 crimes

Foto DR – o real proprietário do último apartamento (no 1º andar) onde habitou o ex-primeiro-ministro em Paris 16 também consta do processo: estava em nome de Carlos Santos Silva, amigo de Sócrates

Operação Marquês: Relação leva José Sócrates a julgamento por corrupção

 

O Tribunal da Relação de Lisboa aceitou o recurso do Ministério Público e decidiu na tarde do dia 25,  que o ex-primeiro-ministro José Sócrates vai ser julgado por corrupção passiva no processo Operação Marquês.

Segundo o acórdão da Relação, divulgado no mesmo dia, o antigo primeiro-ministro entre 2005 e 2011 vai responder em julgamento por três crimes de corrupção, 13 de branqueamento e seis de fraude.

José Sócrates, de 66 anos, foi acusado no processo Operação Marquês  em 2017, de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 09 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibar o antigo governante de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento apenas por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos, escreve a Lusa.

Também Zeinal Bava, Ricardo Salgado, Hélder Bataglia, Henrique Granadeiro, Armando Vara, Santos Silva e Joaquim Barroca, entre outros, irão a julgamento,  mas ainda é possível recorrer para o Tribunal Constitucional.

No total, 118 crimes  vão ser apreciados em julgamento.  Ivo Rosa tinha pronunciado os arguidos por apenas 17 crimes.

De acordo com o jornal Expresso, os « três crimes de corrupção imputados a José Sócrates estão, segundo o acórdão, relacionados com o Grupo Lena, (em co autoria com Carlos Santos Silva) o Grupo PT e Espírito Santo (envolvendo Zeinal Bava, Granadeiro e Ricardo Salgado) e o empreendimento de Vale de Lobo, que também envolve Armando Vara. Sócrates foi ainda pronunciado por 13 crimes de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal ».

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