Quando um jornal como o ‘The New York Times’ coloca o seu foco na calçada portuguesa, confirmamos mais uma vez todo o seu valor.
O facto de Portugal ter cada vez mais turistas e se ter tornado um dos melhores destinos turísticos do mundo permitiu que muito do que tem de bom seja espalhado com facilidade e rapidez nas redes sociais, blogues, jornais, livros, revistas e outras fontes de partilha de conteúdos. Logo, a calçada não podia ser exceção.
Calçada portuguesa brilha em artigo do NY Times
A calçada é um pavimento constituído por pedras a branco e preto, as quais permitem desenhar no chão determinadas figuras, formas ou padrões. A calçada portuguesa tornou-se uma das atrações turísticas do nosso país.
Esta técnica de pavimentação permite aos talentosos calceteiros dar uma particular beleza às ruas portuguesas. São diversas as criações que têm conquistado os mais variados elogios.
A paternidade desta arte é atribuída ao tenente-general Eusébio Furtado, governador de armas do Castelo de S. Jorge.
Ele terá tido a ideia de usar pedras irregulares para a criação do pavimento. Para tal, “recrutou” os reclusos presos no Castelo de São Jorge (que, à época, funcionava como prisão) e incumbiu-os da tarefa de realizar esta peculiar pavimentação.
O artigo
A calçada portuguesa ou, simplesmente, “tapete de pedra” como descreve o artigo In Lisbon, a Carpet of Stone Beneath Their Feet, assinado pela jornalista Kathleen Beckett, é um dos muitos motivos de interesse turísticos que o nosso país tem e que cidades como o Porto e Lisboa apresentam em grande quantidade.
Para fazer a reportagem, Kathleen falou mesmo com calceteiros da capital de forma a perceber melhor o que é a calçada portuguesa e ficar a conhecer um pouco mais sobre a sua história.
A calçada, Amália Rodrigues e Vhils
Um dos grandes destaques do artigo vai para a calçada portuguesa que tem Amália Rodrigues como protagonista e que é da responsabilidade do artista Alexandre Manuel Dias Farto (mais conhecido por Vhils), em colaboração com mestres da calçada portuguesa como Jorge Duarte.
A obra está localizada em Alfama – tendo sido realizada em 2015 – e tem tido grande impacto internacional, sendo já um ponto de referência para os que têm interesse em conhecer a calçada portuguesa.
Escolas de Jardinagem e Calceteiros:
A diretora das Escolas de Jardinagem e Calceteiros, Luísa Dornellas, foi uma das pessoas com quem a jornalista Kathleen teve oportunidade de falar. Luísa Dornellas contou que as calçadas portuguesas são uma espécie de “tapetes de pedra que nem sempre as pessoas notam”.
A Escola de Calceteiros foi criada no ano de 1986 e nela foram treinadas 224 pessoas para restaurar e fazer novas criações em calçada portuguesa.
O mestre calceteiro Jorge Duarte é outro dos destacados, assim como é feita referência a diferentes cidades e países que possuem este pavimento tão peculiar, sendo dado o exemplo da cidade de Nova Iorque (EUA). Esta cidade tem em pleno Central Park um fantástico memorial de homenagem a John Lennon, designado “Imagine”.
Artigo https://ncultura.pt