O antigo Presidente francês Nicolas Sarkozy foi definitivamente condenado a três anos de prisão, incluindo um ano de pena efetiva a ser cumprida sob vigilância eletrónica.
A decisão foi confirmada esta quarta-feira, 18 de dezembro, pelo Tribunal de Cassação, que rejeitou o recurso apresentado no chamado « Caso Paul Bismuth ». Esta é a primeira condenação definitiva de um ex-chefe de Estado francês.
Além da pena de prisão, Sarkozy enfrenta também uma inibição de direitos políticos por três anos. A aplicação da pena será organizada pelo juiz responsável pela execução das penas, que deverá convocar o ex-presidente num prazo máximo de um mês para definir as condições do uso da pulseira eletrónica.
Este desfecho surge num contexto complicado para Sarkozy, que enfrentará a partir de 6 de janeiro um julgamento sobre suspeitas de financiamento ilícito da sua campanha presidencial de 2007, alegadamente apoiada por fundos líbios. Neste caso, o ex-presidente incorre em penas que podem chegar a 10 anos de prisão e 5 anos de ineligibilidade por corrupção passiva, financiamento ilegal de campanha, associação criminosa e apropriação indevida de fundos públicos líbios.