« Antonio Lobo Antunes fait couler le sang de la langue portugaise dans son nouveau roman ». É este o título do jornal Le Monde para anunciar o livro editado em francês com o título « Jusqu’à ce que les pierres deviennent plus douces que l’eau » (na edição original: « Até que as pedras se tornem mais leves que a água »).
Com este livro, escreve Florence Noiville no Le Monde, « o grande romancista volta, mais trágico do que nunca, à guerra da independência de Angola ».
« Jusqu’à ce que les pierres deviennent plus douces que l’eau » , de António Lobo Antunes, foi traduzido por Dominique Nédellec e é editado em França pela Christian Bourgois – (576 p., 23 €).
No texto, no Le Monde, é também confirmado que a obra do escritor português vai ser editada na Pléíade e a crítica demonstra espanto que António Lobo Antunes ainda não tenha sido laureado com o prémio Nobel da literatura.
Muito entusiasmada com o livro, Florence Noiville fala em « maravilhamento » – « o que se sente perante uma peça de joalharia muito rara ou um sumptuoso vitral: um casamento empolgante da arte e do ‘savoir-faire' ».
« No caso, uma literatura extremamente trabalhada », acrescenta.