Violência muito dura em Paris, que está em ebulição. As manifestações contra o aumento dos preços dos combustíveis degeneraram em grande violência logo de manhã, muito antes da hora marcada para o início dos protestos em Paris, previstos para o início da tarde. Governo acusa Marine le Pen, a líder nacionalista e populista francesa
Mais de duas horas depois do início dos incidentes, às 10 horas locais, a violência continua entre manifestantes e forças policiais nos Campos Elísios, a principal e mais famosa avenida de Paris, onde foram erigidas barricadas pelos “coletes amarelos” mais jovens e mais radicais.
O Governo acusa a “ultradireita” de estar na origem dos confrontos num local que não tinha sido autorizado pelas autoridades para manifestações. Para tentar dominar os ativistas, a polícia recorreu a jatos de água e a bombas lacrimogéneas e ensurdecedoras. Pela sua parte, os manifestantes mais radicais destruíram mobiliário urbano e erigiram diversas barricadas.
Ao meio dia local, a violência continua muito dura nesta zona central de Paris. O ministro francês do Interior acusou diretamente a líder dos nacionalistas franceses, Marine le Pen, de ser responsável pela violência por ter defendido, na sexta-feira, o direito de manifestação nos Campos Elísios.
Algumas manifestações dos “coletes amarelos” continuam a decorrer este sábado noutros bairros de Paris bem como em diversos locais e cidades da província, onde se continuam a verificar bloqueios, alguns deles muito radicais, designadamente de estradas.
O movimento inédito contra o preço dos carburantes nasceu na internet e escapa a qualquer controlo político ou sindical. Dura há oito dias em França, onde já foram registados dois mortos, mais de 600 feridos civis e mais de cem feridos entre as forças policiais.