Costa diz que Portugal é « destino certo » na atual conjuntura internacional
O primeiro-ministro defendeu, este domingo, que Portugal é o « destino certo » para investimentos na atual conjuntura internacional, afirmando que o país é o « quarto mais seguro do mundo », tem uma « notável estabilidade política » e « forte coesão social ».
« Na atual conjuntura, quando o imperativo de encurtar cadeias de valor está a mobilizar as empresas europeias para relocalizarem na Europa parte da sua produção ‘offshore’ e parte das suas importações não europeias, Portugal é um destino certo », declarou António Costa na cerimónia de abertura da feira de Hannover – que escolheu Portugal como país parceiro na edição deste ano -, e que decorreu este domingo no Centro de Congressos daquela cidade alemã.
O primeiro-ministro exemplificou a sua afirmação com o caso da « indústria de moldes », onde « mais de metade das exportações » são « provenientes de países asiáticos ».
« Na Alemanha, só a China é responsável por 38% das importações de moldes. Num momento em que muitos importadores procuram agora um parceiro no espaço europeu, convido-vos a olhar para Portugal. Temos ‘know-how’ e a capacidade, somos o oitavo exportador mundial de moldes, o terceiro na Europa e exportamos 85% da nossa produção », referiu.
António Costa prosseguiu, referindo que Portugal oferece « toda a gama de serviços e produtos de molde », adaptando-se « às necessidades dos clientes » e estando « constantemente a inovar, trabalhando com 50 centros de inovação e universidades ».
« Estamos muito mais próximos do fuso horário alemão, o que permite interações comerciais muito mais eficientes, e temos excelentes infraestruturas de transporte. A proximidade geográfica permite estar em Portugal em poucas horas e contar com prazos de entrega rápidos e fiáveis », continuou.
Além disso, o primeiro-ministro acrescentou que Portugal apresenta « características altamente valorizadas nestes tempos de incerteza », designadamente « os valores de segurança, estabilidade e valores comuns« , que partilha com a Alemanha.
« Somos, nos ‘rankings’ internacionais, classificados como o quarto país mais seguro do mundo, com uma notável estabilidade política e uma forte coesão social. Segundo a Comissão Europeia, somos o país da União Europeia com maior crescimento em 2022, com a inflação mais baixa durante este ano », referiu.
No aspeto económico, Costa referiu ainda que Portugal tem « fortes perspetivas de crescimento futuro, num contexto de responsabilidade orçamental e de finanças públicas sólidas ».
« E, partilhamos com a Alemanha uma visão comum para a Europa, de prosperidade partilhada, de empregos de alta qualidade onde ninguém é deixado para trás », acrescentou.
Retomando o exemplo da indústria dos moldes, o primeiro-ministro referiu que, em Portugal, existem « mais de 750 produtores de moldes de alta qualidade », alguns deles marcando presença na feira de Hannover, e convidando os empresários alemães a « conhecerem e fazerem novas parcerias ».
« Além da indústria dos moldes, há outras fileiras de excelência que trazemos para esta edição da feira de Hannover e que merecem a vossa visita: a engenharia mecânica e ferramentas, metalurgia, mobilidade e automóvel, aeronáutica e espaço, têxteis, plásticos técnicos, tecnologias de produção e energias renováveis. Tudo aqui, num só lugar, para que possamos construir juntos o futuro da indústria », realçou.
Com o « slogan » « Portugal faz sentido », a Hannover Messe’22 – considerada a maior feira de indústria do mundo – começou este domingo e termina na quinta-feira, tendo escolhido Portugal como país parceiro para a edição deste ano.
Segundo o gabinete do primeiro-ministro, 109 empresas portuguesas irão participar no certame, desenvolvendo « atividades nas áreas de soluções de engenharia, soluções de energia e ecossistemas digitais ».