Hoje é o Dia D para os ingleses: A partir desta segunda-feira caem praticamente todas as restrições impostas pela pandemia em Inglaterra dia esperado por muitos ingleses mas temido e criticado por muitos cientistas.
De facto, os ingleses designaram esta segunda-feira como o “Dia da Liberdade” e nem o facto de o país estar a bater recordes diários em número de contágios travou a decisão do primeiro-ministro.
Cerca de 1.200 cientistas apelaram na semana passada ao líder do governo britânico para ponderar recuar, dizendo que o relaxamento quase total das restrições constitui, segundo os especialistas, uma “ameaça” não só para o Reino Unido como para o mundo inteiro.
Caem as máscaras e diversos limites em Inglaterra e pode começar um novo pesadelo de covid-19 – escrevem em resumo diversos jornais europeus.
Os cientistas estão contra o Governo britânico por deixar cair precauções como o uso de máscaras e outras restrições (ajuntamentos de pessoas, etc…). Aliás o próprio Governo assume que neste Verão pode haver até 200 mil casos diários de covid-19 e o ministro da Saúde está infetado.
Nesta segunda-feira, o uso de máscara e outras medidas de distanciamento físico por causa da covid-19 deixam de ser obrigatórias em Inglaterra, apesar de o país estar a atravessar uma nova vaga de infecções provocada pela variante Delta.
Neste momento, há cerca de 50 mil casos de novas infeções diárias e 500 internamentos, igualmente por dia.
O ministro da Saúde, Sajid Javid, admite que durante o Verão pode haver mais de 100 mil ou até 200 mil casos por dia….
“O plano de Boris Johnson de suspender praticamente todas as restrições à pandemia em Inglaterra é uma ameaça ao mundo e oferece um terreno fértil para o surgimento de variantes resistentes à vacina”, refere uma carta enviada pelo grupo de cientistas ao primeiro-ministro britânico.
“Acreditamos que o governo está a embarcar numa experiência perigosa e antiética e pedimos que suspenda os planos de abandonar as restrições a 19 de julho de 2021″, pode ler-se na missiva divulgada na passada sexta-feira.
« Dia da Liberdade ou ameaça para o mundo? »pergunta o jornal português Público.
Primeiro-ministro Boris Johnson não irá aproveitar o fim das restrições porque está em isolamento, após contacto com o ministro da Saúde, que está infetado com covid-19.
« Acaba o limite ao número de pessoas que se podem encontrar (apesar de continuar a ser recomendado que os encontros sejam no exterior), quem está em teletrabalho deve começar a regressar gradualmente ao posto de trabalho, as máscaras deixam de ser obrigatórias por lei mas ainda são recomendadas em alguns locais (como transportes), as discotecas reabrem, os cinemas e teatros podem esgotar a lotação, o distanciamento social de um metro deixa de ser obrigatório (exceto em alguns locais, como os hospitais) e deixa de ser preciso quarentena de dez dias para quem, estando vacinado, regresse de um país da lista amarela de destinos (onde se inclui Portugal Continental e os Açores) », explica o Diário de Notícias de hoje.