Covid-19: PM Costa quer reabrir creches e atendimento presencial nos serviços do Estado em maio

Covid-19: António Costa aponta maio para reabrir creches e atendimento presencial nos serviços do Estado

Covid-19: Costa aponta maio para reabrir creches e atendimento presencial nos serviços do Estado

facebook sharing button
twitter sharing buttonAlfa/Lusa
email sharing button
O primeiro-ministro apontou ontem à tarde para maio a possibilidade de as creches reabrirem e de os serviços da administração pública retomarem o atendimento presencial aos cidadãos, e garantiu abundância de materiais de proteção individual no mercado.

Este cenário de levantamento de restrições por causa do combate à covid-19 foi transmitido por António Costa no final do debate sobre o pedido de autorização do Presidente da República de prorrogação do estado de emergência por novo período de 15 dias, até 02 de maio.

O líder do executivo defendeu que agora é preciso começar a definir as prioridades de qual deve ser o ritmo em termos de alívio da pressão social existente em termos de restrições à circulação e à atividade económica.

Neste contexto, António Costa disse esperar que, em maio, seja possível « reabrir as creches, que são fundamentais para apoiar as famílias e para evitar que muitas famílias estejam com perda de rendimento, ou que tenham esforço acrescido por se encontrarem em teletrabalho ».

« Gostaria muito que, pelo menos no período praia/campo, as crianças do pré-escolar pudessem voltar a conviver, porque é muito importante para a sua formação », completou o primeiro-ministro.

António Costa sustentou depois a tese de que o exemplo de confiança na reabertura da atividade de trabalho deve ser dado « através da administração pública ».

« Durante o mês de maio, temos de começar a restabelecer o serviço de atendimento presencial nos serviços da administração pública e pôr termo à suspensão de prazos procedimentais e processuais. A administração pública tem de transmitir ela própria a confiança necessária aos cidadãos de que podemos ir retomando o nosso ritmo de vida normal », frisou.

Ainda sobre as condições para a reabertura gradual de atividades económicas, tal como já antes afirmara o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, também o líder do executivo classificou como « fundamental tornar abundante no mercado, nas próximas duas semanas, os meios de proteção individual ».

« Desde o início desta semana, já foram publicadas e validadas pelo Infarmed, após um trabalho do Centro Tecnológico do Vestuário, as normas que permitirão a massificação de máscaras de proteção comunitária no mercado português. Estão igualmente definidas as regras que vão permitir a massificação da produção de gel alcoolizado para que possa ser adquirido de forma abundante no mercado. Estas duas condições são essenciais para que, cada um possa ter acesso em segurança e confiança a bens de proteção individual », salientou António Costa.

Mais difícil, de acordo com o primeiro-ministro, será o desafio relativo às normas de higienização nos locais de trabalho, nos espaços públicos e, em particular, nos transportes públicos.

« É a maior dificuldade logística que enfrentamos e à qual temos de dar resposta. Temos de dar resposta gerindo do lado da procura, encontrando formas de horários desencontrados e com uma nova organização do trabalho que não crie ondas de ponta muito fortes. Terá de ser aumentada do lado da oferta a capacidade de que os portugueses possam voltar a circular em segurança nos transportes públicos », advertiu.

António Costa referiu-se ainda às condições de confiança « na robustez » do Serviço Nacional de Saúde.

« Significa que teremos capacidade de responder em qualquer circunstância ao aumento do risco de transmissão [do novo coronavírus] sempre que for aliviada a contenção. Nos cuidados intensivos, tem de haver sempre capacidade de resposta para as necessidades », acrescentou.

Article précédentCovid-19/Portugal. O « milagre português ». Marcelo agradece a emigrantes terem adiado férias da Páscoa
Article suivantCovid-19/Brasil. Bolsonaro muda ministro da saúde a meio da pandemia. A dupla pena. Opinião