Covid-19: Portugal recomenda vacina da AstraZeneca para pessoas acima de 60 anos
Em conferência de imprensa realizada no Infarmed, em Lisboa, que contou também com a presença do coordenador da ‘task force’ do plano de vacinação, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, e do presidente da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), Rui Ivo, o anúncio da medida esteve a cargo da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
“A Direção-Geral da Saúde recomenda, até estar disponível informação adicional, a administração da vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 60 anos. O plano de vacinação é ajustado para garantir que todas as pessoas são vacinadas com a vacina que protege”, afirmou.
Vários países já decidiram, entretanto, traçar limites e não administrar a vacina da AstraZeneca abaixo de certas idades por uma questão de segurança: 30 anos no Reino Unido, 55 anos em França, Bélgica e Canadá, 60 anos na Alemanha, Itália e nos Países Baixos ou 65 anos na Suécia e na Finlândia.
Já hoje, a Austrália e as Filipinas juntaram-se à lista de países que estão a suspender a administração da vacina contra a doença covid-19 da AstraZeneca à população mais jovem, devido a preocupações relativamente à formação de coágulos sanguíneos.
Na quarta-feira, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) indicou uma “possível ligação” entre a vacina da farmacêutica AstraZeneca e “casos muito raros” de formação de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco face aos riscos de efeitos secundários, dada a gravidade da pandemia.
No mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que essa ligação é “plausível, mas não confirmada”, considerando que são necessários estudos especializados.
No final de março, a vacina da farmacêutica AstraZeneca contra a covid-19 passou a denominar-se Vaxzevria.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.890.054 mortos no mundo, resultantes de mais de 133 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.899 pessoas dos 825.633 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.